A Jorge Garcia Companhia de Dança, criada em São Paulo em 2005, comemora 20 anos de trajetória com a circulação do espetáculo ‘Cantinho de Nóis’ pela Bahia. O grupo apresenta a obra em cinco municípios baianos entre os dias 3 e 8 de junho, com apresentações gratuitas e classificação indicativa livre para toda a família.

Espetáculo gratuito e oficinas de dança para o público

A estreia acontece em Ilhéus no dia 3, às 19h, no Teatro Municipal de Ilhéus. Em seguida, o espetáculo será apresentado em Itacaré no dia 4, em Santo Amaro no dia 6, em Cachoeira no dia 7 e em Salvador no dia 8 de junho. Em cada cidade, haverá também uma oficina de dança gratuita, com duração de 1h30 e voltada a até 25 participantes.

As oficinas vão abordar técnicas de dança contemporânea, uso do espaço cênico, anatomia básica e expressão corporal. As aulas têm o objetivo de estimular a percepção e o autoconhecimento do público, além de oferecer novas vivências corporais.

Diálogo entre dança contemporânea e cultura popular

O espetáculo ‘Cantinho de Nóis’ integra elementos de dança contemporânea e de danças populares nordestinas, como o Cavalo Marinho e o Bumba-Meu-Boi. A dramaturgia destaca a evolução de um ambiente ligado aos cortadores de cana-de-açúcar da zona da mata de Pernambuco até um cenário rítmico e festivo inspirado no carnaval de Olinda.

A obra tem referências importantes, como o folclorista potiguar Câmara Cascudo. Segundo o diretor e bailarino Jorge Garcia, o espetáculo dialoga com diversos cantinhos do Brasil.

“Além da dança, os elementos teatrais e populares deste espetáculo dialogam com vários cantinhos do Brasil”, explicou Garcia.

Ele destacou que a Bahia ainda não havia recebido o espetáculo, por isso surgiu o interesse em transitar por este território tão rico culturalmente, dialogar e trocar experiências com o povo e a cultura local. Garcia também acrescentou que a obra traz uma fusão de influências. “O ‘Nóis’ é uma mistura da influência dialética paulista e mineira, mas que conversa com todo o país”, afirmou.

Rodas de conversa aproximam público e artistas

Após cada apresentação, a companhia realiza uma roda de conversa com o público e o elenco. O bate-papo, com duração de 30 minutos, busca aproximar o público do processo criativo e dos caminhos conceituais que deram forma ao espetáculo.

As rodas de conversa vão abordar desde a concepção da obra até aspectos técnicos e artísticos, fortalecendo o intercâmbio cultural em cada cidade baiana que recebe o espetáculo.

Estrutura e locais das apresentações na Bahia

A circulação baiana faz parte de um projeto contemplado pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna 2023. Confira a agenda completa e como participar das oficinas:

Ilhéus

• Data: 03 de junho, às 19h
• Oficina: das 14h às 15h30
• Local: Teatro Municipal de Ilhéus
• Capacidade: 417 pessoas
• Contato: (73) 3633-7042
• Inscrições e ingressos gratuitos disponíveis nos links:
  Ingressos Ilhéus
  Oficina Ilhéus

Itacaré

• Data: 04 de junho, às 19h30
• Oficina: das 15h às 16h30
• Local: Colégio Estadual Aurelino Leal Tempo Integral
• Capacidade: 200 pessoas
• Contato: (73) 99124-1934
• Ingressos Itacaré
• Oficina Itacaré

Santo Amaro

• Data: 06 de junho, às 19h
• Oficina: das 14h às 15h30
• Local: Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (UFRB)
• Capacidade: 50 pessoas
• Contato: (75) 99138-9964
• Ingressos Santo Amaro
• Oficina Santo Amaro

Cachoeira

• Data: 07 de junho, às 19h
• Oficina: das 14h às 15h30
• Local: Cine Theatro Cachoeirano
• Capacidade: 150 pessoas
• Contato: @cinetheatro
• Ingressos Cachoeira
• Oficina Cachoeira

Salvador

• Data: 08 de junho, às 19h
• Oficina: das 14h às 15h30
• Local: Teatro Experimental da Escola de Dança da UFBA
• Capacidade: 90 pessoas
• Contato: (71) 3283-6583
• Ingressos Salvador
• Oficina Salvador

Ficha técnica e pesquisa artística

O espetáculo conta com a direção e concepção de Jorge Garcia, coreografia e interpretação de Henrique Lima, Jorge Garcia e Marisa Bucoff. A trilha sonora traz cantos populares brasileiros e o trabalho de DJ Dolores.

A pesquisa artística da companhia, que também atua em vídeo e no ambiente urbano, valoriza a criação colaborativa e a pluralidade do corpo em cena. Desde a sua formação, a Jorge Garcia Companhia de Dança desenvolve uma linguagem própria que articula corpo, espaço e ambiente, em diálogo com questões contemporâneas.

O projeto foi viabilizado pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna 2023, permitindo ao grupo circular não apenas pela Bahia, mas também por cidades de Minas Gerais.