O cantor Natanzinho Lima foi uma das grandes atrações da primeira noite do São João de Paripe, em Salvador, neste sábado (21). O evento, realizado no subúrbio ferroviário da capital baiana, abriu oficialmente os festejos do São João da Bahia 2025, que acontecem em diversos pontos da cidade com apoio do Governo do Estado. Em sua estreia em uma festa junina na capital, o artista foi recebido com entusiasmo pelo público, que lotou o Parque de Exposições para acompanhar o show.

Natural do Ceará, Natanzinho já tem uma trajetória marcada por apresentações em todo o país, mas foi a primeira vez que integrou o calendário junino oficial da capital baiana. O cantor destacou que já morou em Salvador e, por isso, mantém um carinho especial pelo público local. A conexão com os fãs baianos, segundo ele, é antiga e foi reforçada com o clima acolhedor da festa, em meio a bandeirolas, comidas típicas e muito forró.

Carreira em ascensão e visual marcante

Com mais de 50 apresentações agendadas apenas para o período junino, Natanzinho é hoje um dos nomes mais requisitados da música nordestina, especialmente por unir o romantismo do arrocha à batida contagiante do piseiro. Seu estilo musical, somado ao carisma no palco e à capacidade de se conectar com a plateia, vem contribuindo para a consolidação de sua marca entre os principais artistas do momento.

Além da música, outro elemento que se tornou símbolo do cantor é o chapéu que ele usa em todas as apresentações. A peça, semelhante ao modelo usado por caminhoneiros, surgiu de forma despretensiosa durante uma gravação e acabou se transformando em seu item mais reconhecível. A adesão ao visual partiu de uma sugestão de seu empresário e foi inspirada em um acessório usado por sua irmã. A resposta do público foi tão positiva que o chapéu passou a acompanhar todas as suas performances e se tornou febre entre os fãs.

“Fui gravar um projeto chamado De Bar em Bar, meu empresário disse: ‘Leve um chapéu de palha’. Rapaz, eu não tinha não… Aí, minha irmã tinha postado uma foto um dia antes com esse chapéu, que é daqueles usados por caminhoneiros. Pensei: ‘Rapaz, vou usar esse chapéu’. Aí fui, gravei o negócio e viralizou. A primeira vez que usei, fiquei com vergonha, mas cheguei no show e tinha três pessoas. Aí eu disse: ‘Rapaz, a partir de hoje vou usar’. E assim foi se criando essa marca”, disse Natanzinho.

Repertório romântico conquista o público

Durante o show em Salvador, Natanzinho apresentou um repertório cuidadosamente montado para agradar o público local. Canções como “Cinco da Manhã”, “Bipolar” e “Uma e Quinze da Manhã” embalaram a plateia em um clima de romance e animação. As músicas, que misturam letras apaixonadas com ritmos dançantes, fizeram sucesso especialmente entre o público jovem e famílias que aproveitaram a noite para curtir juntas.

De acordo com o cantor, o setlist foi pensado com atenção especial para os fãs baianos, mesclando grandes sucessos com músicas tradicionais do período junino. A proposta foi unir o clima de festa popular à identidade musical que o artista vem construindo ao longo dos últimos anos.