O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), acompanhou, na noite desta quarta-feira (30), o desfile do tradicional bloco Zero Hora, que reúne profissionais da imprensa e representantes da cultura local na véspera da abertura oficial da Micareta de Feira de Santana. A saída aconteceu no Centro Cultural Amélio Amorim, no circuito Maneca Ferreira, com encerramento na esquina entre as avenidas João Durval e Presidente Dutra.

“Esse é um bloco histórico de jornalistas, da comunicação. Então é muito importante estar aqui prestando uma homenagem a esses profissionais que vão se divertir hoje e vão pegar pesado nos próximos quatro dias. Desejo uma ótima cobertura e de muita paz”, declarou Jerônimo.

Bloco celebra 35 anos

O bloco, que conta com apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), desfilou ao som do minitrio Rixô Elétrico. Criado na década de 1980, o Zero Hora homenageia os profissionais que acompanham e cobrem a folia desde seus bastidores até os circuitos.

O jornalista Fabrício Almeida, integrante da nova geração do bloco, destacou a importância do evento e afirmou se tratar de uma atração que valoriza a cultura da cidade. “Atrai muita gente. É o momento de conhecer e encontrar aquele que você acompanha no rádio, na TV, e de confraternização dos profissionais também”.

Segundo o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, o bloco representa o início simbólico da folia, marcada pela união entre cultura, economia e comunicação.

“É o momento em que os profissionais da imprensa se reúnem para mostrar todo o potencial da festa, com leveza, entretenimento, mas também com desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda”, afirmou.

Monteiro reforçou ainda o compromisso do Governo do Estado com a diversidade cultural da Micareta. O apoio à festa se dá por meio de iniciativas como o patrocínio a blocos afros, o incentivo à arte local e o suporte estrutural às atrações culturais.

Governo investe em diversidade e programação cultural

A gestão estadual destinou investimentos para ampliar a programação da Micareta, com destaque para o financiamento de 14 entidades de matriz africana, via programa Ouro Negro. A programação inclui também um palco exclusivo para artistas locais e o apoio a blocos tradicionais como o Zero Hora, o Bloco da Polícia Militar, com apresentação da banda Parangolé, e o Bloco dos Trabalhadores.

A estrutura da festa conta ainda com o Palco Bel da Bonita (pranchão), que receberá artistas da região, reforçando a presença da cultura popular e a valorização da cena musical local.

A expectativa é que as ações contribuam para movimentar a economia, ampliar o acesso à cultura e consolidar a Micareta de Feira como um dos maiores eventos populares do estado.

História do Bloco Zero Hora

Fundado pelo empresário Edson Felzemburgh na década de 1980, o bloco surgiu como um espaço de descontração para jornalistas, antes do início intenso da cobertura carnavalesca. Na primeira edição, a banda Chiclete com Banana, ainda em início de carreira, se apresentou em uma carroça puxada por um jegue, que servia como trio elétrico.

Com a inauguração da TV Subaé, o grupo de jornalistas Edson Borges, Neire Matos, Reginaldo Pereira e Soraya Mesquita retomou o bloco nos mesmos moldes: saída à meia-noite da quarta-feira, reunindo profissionais da imprensa e convidados.

Atualmente, o Zero Hora é considerado o marco simbólico de abertura da Micareta de Feira de Santana e integra oficialmente a programação cultural da festa.