Baiana destaca emoção e fé ao participar da Lavagem do Bonfim: ‘É muito mágico’

Ao Portal M!, Winnie celebrou a tradição e destacou o valor simbólico da água de cheiro na festa do Senhor do Bonfim

Iago Bacelar e Osvaldo Lyra 16/01/2025 20:00 • Cultura

Baiana destaca emoção e fé ao participar da Lavagem do Bonfim: ‘É muito mágico’ -

Equipe M!

A baiana Winnie, que participa há cinco anos da tradicional Lavagem do Bonfim em Salvador, descreveu nesta quinta-feira (16), a emoção e o significado de integrar o cortejo que reúne milhares de fiéis. Vestida com trajes característicos e carregando o tradicional jarro com folhas sagradas, Winnie ressaltou o impacto espiritual e cultural da celebração.

“É muito emocionante participar. Eu participo já há cinco anos. Eu trabalho desde cedo para poder estar a caráter, participar do cortejo, com a roupa muito bem organizada, preparar o jarro com as folhas sagradas, e é muito mágico, muito mágico”, declarou em entrevista ao Portal M!.

A Lavagem do Bonfim é uma das manifestações mais importantes da Bahia, marcada pela fé, pela valorização da ancestralidade e pela conexão com as raízes afro-brasileiras. Winnie destacou o papel simbólico da água de cheiro, usada durante o ritual.

“E a gente tem um fato importante, que é a água de cheiro, onde as pessoas são homenageadas, ou melhor, a ancestralidade homenageada. Mas tem um valor simbólico, religioso e importante”, explicou.

Tradição e religiosidade marcam a Lavagem do Bonfim

A cerimônia, que celebra os 280 anos da chegada da imagem do Senhor do Bonfim à Bahia, tem profundo significado religioso e cultural. Para Winnie, a água de cheiro, preparada com folhas sagradas, é um dos elementos que simbolizam a espiritualidade da festa.

“É sagrado. Existe a água que é preparada com as folhas sagradas. E, além de simbólico, tem o religioso, né? Nossa água de cheiro do Senhor do Bonfim”, afirmou.

As celebrações deste ano começaram no Dia de Reis, 6 de janeiro, com o novenário dedicado ao Senhor do Bonfim, e culminaram com a tradicional Lavagem, realizada antes do dia dedicado ao santo, celebrado no segundo domingo após o Dia de Reis. A festa, reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil desde 2013, reúne mais de um milhão de pessoas anualmente.