A apresentadora Xuxa Meneghel revelou um episódio curioso envolvendo o cantor Roberto Carlos, durante sua participação no programa “Que História É Essa, Porchat?”, exibido pelo canal GNT. A lembrança veio à tona após Xuxa ser questionada sobre o figurino mais marcante de sua carreira.

Ela relatou que usava uma roupa preta com um pavão lilás durante a gravação de um especial de fim de ano com o Rei na TV Globo, o que teria provocado uma reação inusitada por parte do cantor.

“Tem uma roupa que não é que eu tenha gostado, mas vou dizer que me marcou muito. Porque foi uma roupa que eu fui usar para fazer final de ano aqui na Globo com o Roberto Carlos e ela era preta e tinha um pavão meio lilás”, contou Xuxa.

Segundo a apresentadora, Roberto Carlos se assustou ao vê-la vestida de preto, o que motivou um comportamento inesperado do cantor.

“Eu estava prontinha, já tinha ensaiado eu ele e tudo. E quando eu ia entrar no estúdio, que não era aqui, na época era no Teatro Fênix, ele me viu de preto e ficou assim (ela faz gesto de susto). Eu abracei ele e ele parou e entrou no camarim para tomar banho e demorou mais de duas horas“, relatou a artista.

Roupa virou marca registrada

Apesar da sugestão para que mudasse o figurino, Xuxa decidiu manter a escolha e usou a mesma roupa em outras ocasiões. Segundo ela, a repercussão do episódio foi tão marcante que, anos depois, a cantora Anitta reproduziu o look como forma de homenagem à apresentadora.

“Todo mundo veio me dizer que deveria trocar de roupa. E eu falei que não iria trocar de roupa e não troquei. Eu fui embora e fiz questão de usar essa roupa em alguns lugares. Eu não gostava de repetir, mas fiz questão de repetir essa roupa em alguns lugares para marcar bastante“, afirmou Xuxa.

A escolha do figurino preto, incomum para a imagem colorida e alegre que sempre acompanhou a apresentadora, acabou se tornando um símbolo daquele momento inusitado.

Roberto Carlos e o Transtorno Obsessivo Compulsivo

Em 2021, durante entrevista ao jornal O Globo, Roberto Carlos contou que a pandemia agravou seu Transtorno Obsessivo Compulsivo e o fez desenvolver hábitos de lavar as mãos e higienizar tudo em volta com rigor.

“Lido com total cuidado, até um pouco exagerado. Sigo todos os cuidados que devem ser tomados. Do conjunto de coisas que tenho do TOC, uma delas é a higienização, lavar as mãos, essa coisa toda, e isso, logicamente, ficou mais rigoroso. Não estou curado do TOC, não, ainda tem muita coisa… Estou tentando, estou lutando“, afirmou.

Na ocasião, ele optou por passar um aniversário em casa para evitar aglomerações.

“Para evitar aglomerações, peço a vocês que também fiquem em casa. Eu estarei recebendo esses abraços, esse carinho e todo esse amor à distância, que é como deve ser feito nesse momento“, afirmou.

O que é o TOC

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um distúrbio de saúde mental caracterizado por pensamentos obsessivos recorrentes e comportamentos compulsivos repetitivos. As obsessões são ideias, imagens ou impulsos persistentes e indesejados que causam ansiedade ou desconforto, enquanto as compulsões são atos realizados com o objetivo de aliviar essa ansiedade.

Os rituais podem envolver ações como lavar as mãos repetidamente, verificar trancas ou contar objetos, mesmo que a pessoa reconheça que esses comportamentos são irracionais.

Esse transtorno pode interferir significativamente na vida cotidiana, afetando relacionamentos, produtividade no trabalho e bem-estar emocional. O TOC costuma surgir na adolescência ou no início da vida adulta e, embora sua causa exata ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que fatores genéticos, neurológicos e ambientais desempenhem um papel.

O tratamento geralmente inclui psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), e, em alguns casos, o uso de medicamentos como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS).