‘Toca em temas muito fortes e importantes que vivemos’ elogiou Dulce Maria, do RBD, sobre filme ‘Ainda estou Aqui’

A cantora e atriz Dulce Maria, mundialmente famosa por ter integrado o grupo mexicano RBD, elogiou, no último sábado (8), o longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres.

“Acabo de ver o filme Ainda Estou Aqui. Vejam o filme. Toca em temas muito fortes e importantes que vivemos na América Latina. Tenho um carinho muito grande pelo Brasil, gostei muito de ver o Rio e São Paulo, escutar seu idioma e ver uma mulher tão valente como a personagem”, disse a cantora, em postagem compartilhada pelo estúdio Sony no X.

A produção adapta o livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva, e aborda a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), mãe do autor, que viu seu marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva (Selton Mello), desaparecer e ser morto durante a ditadura militar. O longa disputa os principais prêmios internacionais da temporada, incluindo o Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional.

Quem é Dulce Maria?

A cantora, atriz, compositora e filantropa é mundialmente reconhecida por ter interpretado a personagem Roberta Pardo na telenovela Rebelde, posteriormente integrando a banda mexicana RBD. Com veia artística, a cantora também é sobrinha-neta da icônica artista Frida Kahlo, informação que só foi revelada por Dulce Maria em 2019, em entrevista para a revista Marie Claire.

Ainda Estou Aqui vence prêmio Goya

Em um feito histórico, Ainda Estou Aqui conquistou, no último sábado (8), o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-Americano. O Goya, considerado o Oscar do cinema espanhol, é uma das premiações mais prestigiadas da indústria cinematográfica europeia. Esta vitória marca a primeira vez que um filme brasileiro é indicado e sai vitorioso nesta categoria.

A cerimônia, porém, contou com a ausência de Walter Salles. O diretor, que não pôde comparecer à entrega do prêmio, delegou a responsabilidade de aceitar a estatueta ao cantor uruguaio Jorge Drexler, amigo de longa data de Salles. Drexler, que já trabalhou com o diretor na produção do filme Diários de Motocicleta (2005), leu uma mensagem escrita por Salles durante o discurso de aceitação, onde o cineasta dedicou o prêmio a Eunice Paiva, à sua família e às atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

Na mensagem, Salles expressou sua gratidão e falou sobre a importância do prêmio, não apenas pela estreia do Brasil na premiação, mas também pelo seu apreço à cultura ibero-americana e ao cinema espanhol, que o influenciaram profundamente ao longo da carreira.

Brasil faz história no Oscar

O filme brasileiro e sua protagonista, Fernanda Torres, também fizeram história na 97ª edição do Oscar. Isso porque, além de conquistar indicações nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Filme Estrangeiro, pela primeira vez, um filme nacional foi indicado à categoria de Melhor Filme, a principal da premiação.

Fernanda Torres, por sua vez, se tornou a segunda brasileira a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz, um feito que já havia sido alcançado por sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, pelo filme Central do Brasil, também do diretor Walter Salles.

Fernanda Torres, emocionada com a indicação, comemorou a conquista nas redes sociais, compartilhando um vídeo em sua conta do Instagram. “A vida presta e muito. Confie”, disse a atriz, ao lado da mensagem de apoio ao cinema brasileiro. Selton Mello, colega de elenco, também se manifestou, celebrando o marco histórico com as palavras “Brasil no topo”.