Cantor Leonardo é processado por venda irregular de terrenos no Mato Grosso
Justiça suspende cobranças e cobra regularização de loteamento vendido em Querência, a 950 km de Cuiabá

O cantor Leonardo e um grupo de empresários estão sendo processados por compradores de terrenos localizados em Querência, município a cerca de 950 km de Cuiabá, no estado de Mato Grosso. Os compradores alegam que os terrenos negociados não possuem registro, nem aprovação da prefeitura, o que configura crime conforme a Lei nº 6.766/1979, que trata do parcelamento do solo urbano. As transações realizadas ultrapassam o valor de R$ 48 milhões. As informações são do G1.
Réus incluem cantor Leonardo e empresas de loteamento
A ação judicial cita como réu Emival Eterno da Costa, nome civil do cantor Leonardo, além das empresas responsáveis pelo loteamento e seus respectivos sócios. Embora o processo não esclareça de forma direta qual foi a atuação de Leonardo nas vendas, ele aparece como garoto-propaganda de uma das empresas envolvidas na negociação dos terrenos no Residencial Munique.
Venda de terrenos sem aprovação fere legislação
Segundo a Lei nº 6.766/1979, é obrigatório que um terreno seja aprovado pela prefeitura antes de ser dividido em lotes e comercializado. Essa aprovação garante a regularização do uso do solo e valida a construção de imóveis. Sem esse aval, a venda de terrenos é ilegal e os lotes não podem ser considerados regularizados, o que torna inválidos os contratos com os compradores.
Ações judiciais questionam legalidade e suspendem cobranças
Atualmente, dois processos tramitam sobre o caso. O primeiro foi movido por compradores individuais e solicita a rescisão dos contratos, além da suspensão das cobranças relacionadas aos terrenos. O segundo é uma ação civil pública, protocolada por uma associação de moradores, e amplia o alcance das medidas judiciais.
Em janeiro, a Justiça determinou a suspensão das cobranças das parcelas referentes aos terrenos, após análise das alegações de que os imóveis estariam irregulares. A decisão é provisória e cabe recurso. Enquanto não houver um desfecho definitivo, as empresas estão proibidas de cobrar os consumidores e de incluí-los em cadastros de inadimplência.
Compradores relatam que receberam cotas de empresas
Outro ponto destacado nas ações é a alegação de que, ao invés de terrenos regularizados, os compradores podem ter adquirido cotas societárias das empresas responsáveis pelo loteamento. Isso significa que, formalmente, os consumidores passariam a ser sócios das empresas, e não proprietários de terrenos com matrícula individualizada.
Esse modelo de negociação pode complicar a regularização fundiária, pois obriga os compradores a lidarem com questões jurídicas da estrutura societária da empresa, em vez de resolver diretamente a situação dos imóveis. Em casos de falência da empresa ou outros problemas administrativos, a recuperação do valor investido pelos consumidores pode ser dificultada.
Decisões judiciais alertam para riscos aos consumidores
Na ação individual, dois compradores afirmam que firmaram contrato acreditando estar adquirindo imóveis regulares. A Justiça, ao analisar o caso, suspendeu as cobranças e proibiu a inclusão dos nomes em cadastros de devedores.
Já na ação coletiva, a decisão judicial ordenou a suspensão de todas as cobranças e solicitou a averbação do processo nas matrículas dos imóveis envolvidos. A medida tem o objetivo de alertar potenciais compradores sobre a disputa jurídica em andamento.
De acordo com o processo coletivo, mais de 462 terrenos foram comercializados de forma supostamente irregular, gerando um prejuízo estimado em R$ 48 milhões. A alegação é de que, em vez de adquirir terrenos individualizados e com registros, os consumidores receberam participações nas empresas responsáveis pelos loteamentos.
Juiz aponta indícios de ilegalidade nas vendas
Na análise preliminar, o juiz responsável pelo caso afirmou que há indícios suficientes para questionar a legalidade das vendas realizadas. O magistrado também destacou os riscos financeiros aos consumidores e reforçou a necessidade de intervenção judicial para evitar prejuízos milionários aos envolvidos.
Apesar das decisões liminares favoráveis aos compradores, o processo ainda está em curso e não houve conclusão definitiva sobre a legalidade dos contratos ou a responsabilização dos réus.
Redação
Mais Lidas
Coluna Ohh!
Últimas Notícias

BBB 25: Diego, Renata e Vitória disputam permanência em paredão decisivo nesta quinta
Emparedados utilizam Raio-X para refletir sobre jogo e pedir votos ao público

Salvador lidera ranking do IBGE com quase 1 milhão vivendo em ruas sem calçada
Quase metade da população vive em vias sem passeios adequados; capital baiana também tem índice crítico de arborização e infraestrutura viária

Wagner minimiza crise com PSD e volta a defender chapa ‘puro sangue’ com Jerônimo e Rui em 2026
Petista descarta rompimento com aliados e afirma que decisão sobre composição será tomada com diálogo

Agenda cultural: Barulhinho Bom, Julio Caldas, Renata Bastos, Zelito Miranda, CineSom e mais; confira no Portal M!
Confira principais eventos do fim de semana em Salvador e aproveite experiências imperdíveis de lazer

Junior Marabá concede reajuste de 7% para servidores de Luís Eduardo Magalhães
Prefeito distribui 5 toneladas de peixe e 3,5 mil ovos na Páscoa solidária

RG animal gratuito já está disponível: veja como cadastrar seu pet e garantir castração e microchip
Governo lança programa inédito para promover bem-estar animal e combater abandono com base de dados unificada

Fim do jejum! Vitória vence primeira na série A com golaço e defesa ainda preocupante
Rubro-Negro conquista primeiro triunfo após sete jogos em noite marcada por falhas defensivas e acerto nas bolas paradas

Mais de 190 mil passageiros devem embarcar no ferry-boat e rodoviária de Salvador no feriadão; veja dicas para evitar filas
Expectativa é de movimento intenso tanto nas travessias marítimas quanto nas viagens intermunicipais; veja esquemas de transportes

Preço da Hora Bahia revela onde economizar até 57% nos itens da Semana Santa em Salvador
Alerta para quem vai às compras: peixe e feijão têm diferença de até R$ 12 no feriadão da Páscoa

Feriadão de Semana Santa e Tiradentes: veja o que abre e fecha em Salvador e RMS
Durante período, muitos estabelecimentos terão horários especiais e alguns serviços fechados