A Polícia-Técnico Científica de São Paulo afirmou nesta segunda-feira (12) que as vítimas do acidente com o avião em Vinhedo, no interior de São Paulo, morreram de politraumatismo. O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar.
No total, 62 pessoas morreram, 58 passageiros e quatro tripulantes da Voepass na última sexta-feira (9), no maior acidente aéreo do Brasil desde 2007.
“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, diz Vladmir Alves dos Reis, diretor do IML.
Segundo Reis, as vítimas já tinham morrido com o impacto da queda e só depois foram carbonizadas. “As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo.”
O diretor disse ainda que todas as vítimas serão identificadas completamente.
Desde o dia da tragédia, foram identificados 27 corpos e 15 já foram liberados aos familiares das vítimas.
As caixas-pretas da aeronave já foram localizadas e enviadas para análise da Força Aérea Brasileira (FAB) em Brasília. Os gravadores serão essenciais para desvendar os motivos pelo qual o ATR 72-500 despencou 4.000 metros em um minuto.
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