Sturaro recua, reconhece erro por confrontar vereador e questiona: ‘Se eu fosse gay, ia apagar toda minha história?’
Em vídeo publicado nas redes sociais, coronel da Polícia Militar lamentou ‘impulsividade’ e disse ter sido vítima da sua ‘própria vaidade’
Após reagir a supostas declarações do vereador Kel Torres (Republicanos) sobre sua sexualidade, o coronel da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e ex-coordenador da Prefeitura-Bairro do Centro Histórico de Salvador, Humberto Sturaro, publicou ontem (6) um novo vídeo nas redes sociais, reconhecendo seu erro pela reação impulsiva ao fato. Conforme Sturaro, ele foi vítima da “própria vaidade” ao rebater as declarações.
“Eu fui vítima de mim mesmo, da minha própria impulsividade. Não impulsividade, mas da minha própria vaidade. Essa vaidade ‘macho alfa’, um assunto que era para ter ficado reservado, eu levei para o fígado e fui vítima da minha própria vaidade. A idade de macho alfa, de sentir minha honra atingida, por dizer que eu tinha dado presente a meninos, isso e aquilo outro”, iniciou.
Na sequência, o coronel também rebateu a polêmica em torno do tema, e questionou se a orientação sexual é motivo de desmerecimento ou se o fato iria apagar sua história. “Eu estava pensando: ‘E se eu tivesse dado [presentes a meninos]? Isso iria me desmerecer? Se eu fosse gay, ia apagar toda minha história? Eu ia deixar de ser homem, honrado, cumpridor de dever, de compromisso, por ser gay?’. Por ser gay, tem que ser excluído? Se denigre [sic] a imagem de alguém porque ela é gay? Eu acordei pensando nisso, e com uma mensagem linda do meu amigo pessoal, Luiz Mott. Ele está completamente certo. Meu óculos, meu corte de cabelo, meu modo de vestir, isso faz menos? Mas, meu orgulho de macho alfa me fez ficar agoniado”, refletiu.
Sturaro também defendeu a inclusão das pessoas na sociedade, independentemente da orientação sexual. Ele também revelou ter sido aconselhado e orientado por amigos sobre como reagir ao problema.
“As pessoas têm que ser incluídas, independente da forma ou da opção sexual que elas têm, isso não faz ela menos em nada. Mas eu me atingi, porque o coronel Sturaro, retado, dando presente a ‘garotão’, fiquei p**** da vida. Mas, graças a Deus, nós temos amigos que nos orientam e aconselham, tenho um prefeito maravilhoso, Bruno Reis, que a gente faz parte de uma gestão, sabe que a gente tem que pensar nele acima de tudo, e tá todo mundo junto”, disse.
Ainda durante a gravação, ele afirmou ser necessário “quebrar paradigmas”, e usou como exemplo o uso de uma camisa do Mickey, que é atribuído a uma facção criminosa. Segundo ele, o uso de uma camisa com o personagem não o torna faccionado. “Hoje vou malhar de Mickey, não tem esse negócio que não pode usar Mickey? Agora faço parte de facção porque estou usando a camisa do Mickey?”, indagou.
Por fim, o coronal da PM-BA ressaltou ser importante ter “calma em momentos difíceis”, e fez um pedido de “desculpa” pela reação inicial à questão. Ele também relembrou operações policiais em que não era necessário “pensar muito” e finalizou dizendo se tratar de um “assunto encerrado”.
“Minhas missões de polícia foram muito duras, eu nunca pensei muito. Porque na hora que você pensa para cumprir, sua vida tá em risco, aí você não pode vacilar. Então, sempre fui arrombar a porta logo para resolver o problema”, disse. “Não preciso provar nada a ninguém. Agora, é bom que o boi saiba onde arromba cerca. Seria muito mais vergonhoso para mim se dissesse que eu era ladrão, que eu não me dava com meu irmão, que eu não tenho honra, que eu não conto meus compromissos, valeu? Que eu era um homem sem palavras, isso aí ninguém pode dizer. Agora opção sexual, vacilei comigo mesmo, assunto encerrado, assunto acabado, e graças a Deus que o juízo hoje é um juízo, sabe, de um homem de 59 anos”, complementou.
Confira a declaração de Sturaro:
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