Pescadores, marisqueiras e quilombolas vão se reunir, nos próximos dias 4 e 5 de setembro, para debater os impactos da mineração na cidade de Camamu, no Baixo-sul do Estado. O objetivo é denunciar e discutir soluções para um cenário preocupante de exploração desordenada, que resulta em degradação ambiental, conflitos violentos, restrições ao direito de ir e vir, o que dificulta diretamente na pesca e na mariscarem, atividades essenciais para a subsistência das comunidades tradicionais da Bahia.
O Seminário “A Mineração – Impactos e Desafios para o Território do Baixo Sul” será realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, sendo promovido por diversas organizações, como o Conselho Pastoral dos Pescadores Bahia-Sergipe (CPP BA-SE), KOINONIA, SASOP, Comissão Pastoral da Terra (CPT-BA) e FASE. Segundo as entidades, o evento foi organizado “como uma resposta à invasão desordenada de empresas, empresários e grileiros do setor de mineração nas comunidades de Pedra Rasa, Barroso, Tapuia, Maraú, Pratigi/Matapera, Ilha do Tanque, Barcelos e Cajazeiras”.
De acordo com o CPP Bahia-Sergipe, a proposta do encontro é informar as comunidades e promover ações conjuntas. Ao final dos debates, os participantes irão redigir uma moção ou carta de intenções, que será divulgada e entregues aos representantes do poder público presentes.
Programação
Durante o evento, serão realizadas mesas de debates que abordarão temas como “Estudo Sobre Mineração no Sul e Baixo Sul”, “Qual o Papel do Poder Público?” e “Casos e Impactos”. A programação inclui ainda a apresentação de exposições técnicas e casos reais, que servirão de base para a elaboração de propostas de ação. Na quarta-feira (4), o evento será das 8h às 18 horas. Já no dia seguinte, quinta (5), será das 8h às 12 horas.
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