Em setembro de 2024, o preço médio das passagens aéreas para voos domésticos registrou uma queda de 14,7% em comparação com o mesmo mês de 2023, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O valor médio do bilhete foi de R$ 666,01, uma redução em relação aos R$ 780,99 praticados no ano anterior. A diminuição dos preços está diretamente ligada à queda no custo do querosene de aviação (QAV), que impacta diretamente os gastos das companhias aéreas. As informações são da Agência Brasil.

O preço do QAV, componente essencial para a operação das aeronaves, foi comercializado a R$ 3,88 o litro em setembro de 2024, contra R$ 4,38 no mesmo mês de 2023, o que representou uma redução de 11,4%. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, essa diminuição no custo do combustível contribuiu significativamente para o recuo nos preços das passagens. A Anac também informou que 46,4% dos bilhetes vendidos em setembro ficaram abaixo de R$ 500, um aumento considerável em relação a 2023, quando esse percentual era de 37,4%.

Além da queda no preço do combustível, a Anac revelou que todas as regiões do Brasil registraram redução no valor médio das passagens. A maior queda foi observada na região Norte, com uma redução de 22% nos preços, seguida pelo Centro-Oeste (18,2%) e Sudeste (16,7%). As regiões Nordeste e Sul também apresentaram queda, mas em percentuais mais baixos, de 9,4% e 8,6%, respectivamente.

Reduzir o custo das passagens aéreas tem sido uma das principais metas do governo federal para o setor de aviação. Em resposta ao aumento das tarifas aéreas nos últimos anos, foi criado o Programa Voa Brasil, com o objetivo de oferecer passagens a preços baixos para aposentados do INSS, desde que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. O programa visa promover o acesso ao transporte aéreo para uma parcela da população com menos recursos financeiros.

No entanto, o programa Voa Brasil não tem apresentado a adesão esperada. Em seus primeiros três meses de operação, apenas 16 mil aposentados se inscreveram para aproveitar as passagens promocionais. Esse número representa menos de 1% da meta de 3 milhões de bilhetes que as companhias aéreas planejam oferecer no primeiro ano de funcionamento do programa, o que indica uma adesão aquém das expectativas iniciais.