Polícia Federal tenta identificar quem acessou rede X após ordem de bloqueio do STF
Plataforma tem 24 horas para explicar se reativou sua representação legal no Brasil.
Usuários brasileiros que acessaram o X após o bloqueio determinado pelo ministro Alexandre de Moraes podem ser multados. A Polícia Federal irá investigar e identificar quem seguiu utilizando a plataforma após o bloqueio determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A suspensão foi confirmada pela Primeira Turma do STF e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já havia começado o processo de bloqueio em 30 de agosto.
Usuários que forem identificados poderão ser multados, conforme previsto na decisão judicial. Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para aqueles que desrespeitarem o bloqueio, incluindo o uso de ferramentas como VPN, que ocultam a localização do usuário. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a investigação, autorizada por Moraes.
A Polícia Federal iniciou uma investigação para identificar todos os acessos ao X após o bloqueio, incluindo quem usou a plataforma devido à falha das operadoras ou ao “drible” feito pelo próprio X, que permitiu o retorno da rede social no Brasil. Os usuários identificados serão avaliados judicialmente e podem ser multados.
Entre os casos de descumprimento está o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que postou na rede em 3 de setembro, questionando a legalidade da decisão: “Um comportamento que era legal até ontem não pode ser considerado ilegal hoje por decisão de um juiz”, escreveu.
Plataforma driblou bloqueio
Embora tenha sido inicialmente atribuída a uma instabilidade técnica, a Anatel confirmou que o X fez uma atualização em seu sistema, driblando o bloqueio no Brasil. O movimento foi considerado pela agência como uma “intenção deliberada” de desrespeitar a determinação judicial.
Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes impôs uma multa de R$ 5 milhões por dia à rede social X pelo descumprimento. A plataforma alterou seu sistema de Cloudflare, o que confundiu os provedores de internet no Brasil e permitiu o acesso indevido ao site.
A decisão de Moraes foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (19) e impõe a multa a partir dessa data. A medida visa coibir o uso da rede social no país, e as operadoras de internet foram orientadas a reforçar o bloqueio do acesso ao X.
X deve explicar representação no Brasil
Além disso, Moraes emitiu intimações às empresas X Brasil Internet Ltda. e Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda., ambas de propriedade de Elon Musk, e estabeleceu um prazo de 24 horas para que o X explicar se reativou sua representação legal no Brasil.
O bloqueio inicial foi motivado pela falta de ação do X em remover contas que propagavam mensagens criminosas e antidemocráticas, o não pagamento de multas e o fechamento do escritório da empresa no Brasil, o que deixou o país sem um representante legal da plataforma.
No entanto, a rede social começou a tomar algumas medidas para cumprir a decisão judicial. Contas que estavam no ar com conteúdos indevidos começaram a ser suspensas, conforme relataram usuários.
Quanto às multas, a empresa foi forçada a cumprir a determinação. Moraes ordenou o bloqueio de bens das empresas X e Starlink, o que resultou na transferência de R$ 18,3 bilhões em ativos para a União. Ainda falta ao X resolver a questão da representação legal no Brasil, que, segundo Moraes, poderia ser resolvida com a indicação formal de advogados, o que ainda não foi devidamente comprovado pela empresa.
Leia também:
X continua suspenso no país, mesmo após relatos de acesso por usuários
Após suspensão do ‘X’ no Brasil, STF e PF sofrem ataque hacker
STF determina análise de transmissões no ‘X’ com usuários suspensos
Mais Lidas
Cidade baiana receberá novo campus de universidade federal; saiba qual
Carnaval 2025: curso gratuito capacita blocos culturais para garantir apoio
Cidades
Brasileiros planejam gastar mais com viagens no fim de ano, aponta pesquisa
STF confirma decisão que desobriga Deolane Bezerra de depor à CPI das Apostas
Catamarã vira em Maragogi, deixando um idoso morto e mobilizando autoridades
STF avalia competência das guardas municipais para policiamento ostensivo
Simm oferece 68 vagas de emprego em Salvador nesta sexta-feira
Últimas Notícias
Rodrigo Dourado assume liderança de gênero de reality show da Globo
Brasileiros planejam gastar mais com viagens no fim de ano, aponta pesquisa
AGU solicita remoção de vídeos com fake news sobre saúde de Lula
Notificação enviada ao YouTube exige retirada de conteúdos em até 24 horas
STF mantém Alexandre de Moraes como relator do inquérito do golpe
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve recurso rejeitado por ampla maioria dos ministros
STF confirma decisão que desobriga Deolane Bezerra de depor à CPI das Apostas
A influenciadora é investigada por suspeitas de lavagem de dinheiro em esquema bilionário
Carlos Muniz reafirma apoio a Bruno Reis e destaca que PSDB não fará exigências sobre secretariado
O presidente da Câmara afirmou ter interesse na Semge e descartou rompimento com a base do prefeito
Cientista baiana está entre os dez brasileiros eleitos para a Academia Mundial de Ciências
Das 74 novas adesões, 24 são mulheres
Globo e SBT realizarão transmissão conjunta durante o ‘Domingão’ para homenagem a Silvio Santos
Filha do apresentador, Patrícia Abravanel, fará uma participação especial durante a homenagem
STF forma maioria para condenar Roberto Jefferson a nove anos de prisão
Ex-deputado é acusado de incitação ao crime, calúnia, homofobia e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes
Literatura infantil é destaque na edição natalina do BaZá RoZê no Museu Costa Pinto
Evento terá contação de histórias das escritoras Lucianna Ávila e Palmira Heine
Governo federal libera R$ 1,7 bi em emendas parlamentares, com destaque para ‘Emenda Pix’
Transferências serão efetivadas até esta sexta-feira
STF confirma a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente
Modelo foi validado por maioria no plenário virtual e permanece como parte da reforma trabalhista de 2017