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Polícia Civil investiga delegado acusado de assédio por quatro investigadoras em Salvador

Polícia Civil investiga delegado acusado de assédio por quatro investigadoras
Antônio Carlos Magalhães Santos foi exonerado, no último dia 24, como titular da 28ª DT, no Nordeste de Amaralina

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) solicitou à Polícia Civil que investigue denúncias de assédio sexual feitas por quatro investigadoras contra o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos. O órgão também determinou que a Corregedoria-Geral acompanhe de perto o caso.

O delegado foi exonerado, no último dia 24, de seu cargo como titular da 28ª Delegacia Territorial (DT), no Nordeste de Amaralina, em Salvador. A medida foi publicada, no sábado (28), no Diário Oficial do Estado (DOE). No entanto, não foram divulgados detalhes que confirmem se a decisão está diretamente relacionada às investigações.

Em nota oficial, a Polícia Civil declarou que as investigações estão em andamento e as vítimas estão recebendo acompanhamento psicológico do Departamento Médico (Demep). A instituição reforçou seu compromisso com o esclarecimento dos fatos e a execução de todas as medidas cabíveis.

O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) informou que as denúncias surgiram inicialmente de colegas de trabalho das investigadoras, que têm entre 30 e 40 anos. As servidoras alegaram que o delegado tocava seus cabelos, barrigas e pernas, além de um relato de assédio moral contra uma das vítimas. As investigadoras foram afastadas por 10 dias e solicitaram transferências para outras unidades, tendo trabalhado na delegacia por apenas quatro meses.

Histórico de acusações

Antônio Carlos Magalhães Santos já enfrentou graves acusações anteriormente. Há 17 anos, ele foi réu em um processo de estupro contra uma adolescente de 17 anos. Na época, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) afirmou que o delegado, quando era titular da 5ª DT de Periperi, havia mantido a jovem em cárcere privado em um hotel após ela ter prestado queixa de abuso contra dois homens.

O MP-BA relatou que, ao invés de encaminhar o caso à Delegacia de Repressão de Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), como era o procedimento padrão, o delegado assumiu o inquérito e, após realizar exames periciais na vítima, hospedou a adolescente em um hotel. Segundo a denúncia, o delegado e o chefe do Serviço de Investigação frequentavam o hotel, onde mantinham relações sexuais frequentes com a jovem.

Ela relatou que, depois de algum tempo, conseguiu contatar sua mãe em Itabuna e pedir ajuda. Em resposta à denúncia, o então governador Jaques Wagner (PT) determinou a exoneração do delegado em maio de 2007.

Em sua defesa, Antônio Carlos declarou que as acusações atuais são “inverídicas e de cunho político”, parte de uma “ardilosa armação” para prejudicar sua imagem. Ele destacou sua longa carreira de 25 anos na polícia, enquanto as investigadoras que o acusam estão há apenas quatro meses na instituição.

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Reprodução/TV Bahia