A Polícia Federal (PF) negou o pedido de revogação do porte de arma de Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Governo Bolsonaro. O pedido foi feito acompanhado de um boletim de ocorrência, que denunciava uma tentativa de invasão ao prédio em que Wajngarten mora.  

No entanto, a PF descartou a solicitação afirmando que “não há qualquer comprovação ou indícios de que existam ameaças de maneira concreta, pessoal, atual ou iminente; não tendo sido comprovada, assim a necessidade para o porte de arma de fogo”. Wajngarten agora está recorrendo da decisão.  

O ex-chefe da Secom é investigado por sua participação no caso das joias sauditas, no qual está sendo acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na época, o ex-assessor afirmou que foi indiciado por ter “cumprido a lei”, afirmando que orientou que os presentes recebidos por Bolsonaro devessem ser enviados para à posse do Tribunal de Contas da União (TCU). “Conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU”, disse o ex-assessor.  

Ele ainda classificou a ação da PF como arbitrária, injusta e persecutória. “O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Como assessor de imprensa e advogado do ex-presidente da República, busquei informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares dele sem jamais – repito, sem jamais – participar de qualquer tipo de negociação”, concluiu Wajngarten.