PF desmantela grupo hacker que atacou STJ, Gov.br e Petrobras em megaoperação nacional
Operação Timeout cumpre mandados em três estados e mira autores de ciberataques que afetaram serviços públicos e empresas estatais

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (10) a operação Timeout, com o objetivo de desarticular um grupo hacker responsável por ataques cibernéticos a diversas instituições públicas e privadas, entre elas o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Petrobras e a plataforma Gov.br, além de universidades e órgãos do Judiciário.
As ações investigadas ocorreram entre setembro de 2024 e março de 2025, com a utilização do método de ataque de negação de serviço (DDoS), que consiste em sobrecarregar os servidores de sites com um alto volume de acessos simultâneos, provocando instabilidade ou mesmo a interrupção completa dos serviços.
“A investigação apura a atuação de indivíduos que operavam sob pseudônimos e que se apresentavam em fóruns clandestinos de compartilhamento de dados como autores de diversos ataques cibernéticos”, disse a Polícia Federal em nota.
Alvos incluíam instituições federais e serviços bancários
De acordo com a PF, o grupo atuava com elevada organização e especialização técnica. Os ataques causaram prejuízos à prestação de serviços essenciais, atingindo diretamente áreas estratégicas da administração pública.
Ataques registrados
- Setembro de 2024: Nos dias 17 e 18, os criminosos atacaram o portal Gov.br, impactando serviços usados por milhões de brasileiros.
- Outubro de 2024: O alvo foi a Procuradoria-Geral da República (PGR), além de serviços bancários, o que afetou diretamente as operações do sistema Pix.
- Fevereiro de 2025: Os hackers atacaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
- Março de 2025: Novas ofensivas atingiram o STJ, o site institucional da Petrobras, portais desenvolvidos com a plataforma Liferay e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Todos os sistemas comprometidos apresentaram instabilidades temporárias, dificultando o acesso de cidadãos e profissionais aos serviços disponibilizados online.
Operação Timeout: atuação em três estados
A ofensiva da PF envolve o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná e no Distrito Federal.
As investigações apontam que os integrantes do grupo utilizavam pseudônimos em fóruns clandestinos de compartilhamento de dados e se identificavam como autores de múltiplas invasões. A Polícia Federal afirma que os criminosos também utilizavam infraestrutura internacional para dificultar a identificação, mascarando seus endereços de IP com o uso de VPNs (redes privadas virtuais).
“Durante as investigações, foram identificados indícios do uso de infraestrutura internacional para mascaramento de protocolo de internet (IP), uso de redes privadas virtuais (VPNs), além da publicação de conteúdos reivindicatórios em fóruns especializados na deep web”, diz. De acordo com a PF, os resgitros encontrados sugerem que parte das ações tinha motivações ideológicas ou políticas.
Crimes investigados pela PF
A PF apura possíveis crimes de invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço telemático, associação criminosa e divulgação de dados obtidos ilegalmente. A operação também busca identificar eventuais conexões com redes internacionais de hackers. Segundo a corporação, as atividades do grupo causaram não apenas prejuízos operacionais, mas também riscos à segurança de informações sensíveis, afetando diretamente a confiança na proteção dos sistemas eletrônicos de órgãos públicos.
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