A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação intitulada Fair Play, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que estava desviando recursos da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). A ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em empresas e residências localizadas em Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).
1ª Vara Criminal da Justiça Federal de Belo Horizonte também mandou bloquear cerca de R$180 milhões em ativos financeiros de suspeitos que estavam ligados ao caso, além da proibição das entidades investigadas de participarem de eventos esportivos.
Segundo as investigações, a organização era liderada por um ex-servidor do Ministério do Esporte, exonerado de suas funções. O grupo teria utilizado irregularmente recursos provenientes de renúncia fiscal federal para financiar projetos esportivos entre 2019 e 2022. Cinco entidades sem fins lucrativos estão sob investigação, sendo quatro sediadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo.
“Entre os anos de 2019 e 2023 as associações obtiveram autorização para captar recursos junto a empresas e pessoas físicas, em projetos incentivados com base na Lei de Incentivo ao Esporte, que somam mais R$190 milhões”, declarou a PF.
A investigação apontou também que foram emitidas notas fiscais fraudulentas por empresas que estavam ligadas as associações, que simulavam gastos com os recursos captados. “Assim, o grupo se apropriava indevidamente de parte dos recursos por meio dessas empresas vinculadas ou de intermediários. Além disso, foram identificadas movimentações financeiras que apontam para a prática de lavagem de dinheiro”, afirmou a PF.
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