O Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) encerrou, nesta sexta-feira (27), mais uma edição da “Operação Cosme e Damião”, com resultados preocupantes. A ação, que fiscaliza o peso de produtos típicos da festa, como quiabo, leite de coco e camarão seco, identificou irregularidades em 26% das amostras coletadas em supermercados, mercados de bairro e feiras livres de Salvador e região metropolitana.
Entre os dias 13 e 27 de setembro, técnicos do Ibametro percorreram diversos estabelecimentos comerciais, conferindo se o peso indicado nos rótulos correspondia ao peso real dos produtos. Os resultados da operação revelaram que leite de coco, azeite de dendê, camarão seco, castanha e acarajé estavam sendo vendidos com peso inferior ao declarado, o que configura uma prática abusiva e fere as normas metrológicas vigentes.
“Essa diferença significa que o consumidor estava pagando por uma quantidade maior do que efetivamente recebia”, explicou o diretor-geral do Ibametro, Thales Dourado. “Estamos atuando para garantir um mercado justo e seguro para todos”, complementou.
Estabelecimentos autuados podem ser multados em até R$ 1,5 milhão
Os estabelecimentos flagrados comercializando produtos com peso irregular foram autuados e responderão a processos administrativos. As penalidades podem chegar a R$ 1,5 milhão, dependendo da gravidade da infração e do porte da empresa.
“A ‘Operação Cosme e Damião’ tem como objetivo principal assegurar que os produtos típicos dessa tradição sejam comercializados dentro dos padrões exigidos pela legislação”, reforçou Dourado. “Não vamos tolerar práticas que lesam o consumidor”, disse.
Ibametro intensifica fiscalizações e pede ajuda da população
Após a conclusão da operação, o Ibametro seguirá com fiscalizações rotineiras e outras ações sazonais para garantir a qualidade dos produtos comercializados em todo o estado. A população também pode colaborar, denunciando irregularidades através dos canais de atendimento do órgão.
“A participação da sociedade é fundamental para combatermos as práticas abusivas no mercado. Ao denunciar, o consumidor contribui para a construção de um mercado mais justo e transparente”, concluiu.
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