Morre ex-companheira de autor de ataque a bombas contra o STF

Daiane Dias estava internada desde o dia 18 de novembro, após incendiar a própria residência em Rio do Sul (SC).

Redação 03/12/2024 21:20 • Cidades

Morre ex-companheira de autor de ataque a bombas contra o STF -

Divulgação/15º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina

Daiane Dias, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, responsável por ataques explosivos no STF e na Câmara dos Deputados, morreu na madrugada desta terça-feira (3). Ela estava internada desde o dia 18 de novembro, após incendiar a própria residência em Rio do Sul (SC).

A morte ocorreu devido a complicações de queimaduras graves e foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina.

O incêndio na casa de Francisco Luiz foi registrado no dia 17 de novembro. Segundo o Corpo de Bombeiros, Daiane, de 41 anos, iniciou o fogo e permaneceu no imóvel. Ela sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em todo o corpo e foi transferida para o Hospital Geral Tereza Ramos, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em nota, o delegado Bruno Reis afirmou que Daiane adquiriu um produto inflamável em um estabelecimento local na manhã do incêndio. “Em seguida, se deslocou até sua residência, local dos fatos, e provocou o incêndio tendo permanecido no interior do imóvel”, informou o comunicado oficial da Polícia Civil.

Francisco Wanderley Luiz, ex-marido de Daiane, foi o autor dos ataques com explosivos na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira (27). Ele detonou bombas no STF e no estacionamento da Câmara dos Deputados. Após ser abordado por um vigilante, Luiz explodiu um artefato preso ao próprio corpo, morrendo instantaneamente.

A Polícia Federal investiga se Francisco agiu de forma isolada ou com apoio de outras pessoas. A corporação também apura possíveis vínculos dele com grupos radicais e atos contra o Estado democrático de Direito, incluindo conexões com os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

As autoridades também analisam se o episódio envolvendo Daiane pode estar relacionado a um quadro de saúde mental fragilizado, conforme suspeita inicial dos investigadores. A Polícia Científica de Santa Catarina foi acionada para realizar perícias complementares.