Maria e José lideram ranking dos nomes mais populares do Brasil, aponta Censo 2022 do IBGE
Levantamento inédito também revela que ‘Silva’ e ‘Santos’ são os sobrenomes mais comuns entre os brasileiros, segundo estudo
Paulo Pinto/Agência Brasil
Os nomes Maria e José continuam sendo os mais populares do Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (4), com base no Censo 2022. O levantamento mostra que há mais de 12 milhões de Marias e 5 milhões de Josés em todo o país, reforçando uma tradição cultural que atravessa gerações.
De acordo com o IBGE, 6% dos brasileiros têm o primeiro nome “Maria”, enquanto 2,54% atendem por “José”. A pesquisa abrange registros de todos os 90,7 milhões de domicílios contabilizados pelo censo e, pela primeira vez, inclui também um ranking nacional de sobrenomes, mostrando as principais heranças linguísticas e históricas do povo brasileiro. Assim como no restante do país, na Bahia os nomes mais comuns também são Maria e José. No entanto, quando o assunto são os sobrenomes, o destaque baiano é Santos, que lidera entre os registros no estado — ao contrário do cenário nacional, onde Silva permanece em primeiro lugar.
Maria e José seguem no topo do ranking nacional
Segundo o levantamento, os dez nomes mais populares do país refletem uma forte influência da tradição religiosa e familiar. Além de Maria e José, nomes como Ana, João, Antônio e Francisco aparecem entre os mais recorrentes. Veja o top 10 completo divulgado pelo IBGE:
- Maria – 12.284.478 registros
- José – 5.164.752
- Ana – 3.948.650
- João – 3.430.608
- Antônio – 2.241.094
- Francisco – 1.665.494
- Pedro – 1.624.478
- Carlos – 1.474.492
- Lucas – 1.341.525
- Luiz – 1.335.098
Os dados indicam que a tradição cristã e o costume de homenagear familiares continuam moldando as escolhas dos nomes no Brasil. Além disso, o ranking mostra pequenas mudanças em relação ao Censo 2010: o nome Gabriel entrou no top 10 masculino, enquanto Marcos deixou a lista. No ranking feminino, Júlia passou a ocupar lugar de destaque, substituindo Aline, que caiu de posição.
Sobrenomes mais comuns: “Silva” e “Santos” lideram com folga
Pela primeira vez, o IBGE também divulgou o ranking dos sobrenomes mais frequentes no Brasil, trazendo à tona um retrato da origem e da diversidade da população. O mais comum é Silva, presente em 34 milhões de registros — o equivalente a 17% da população brasileira. Em seguida vem Santos, com 21 milhões de pessoas.
De origem latina, “Silva” significa “selva” ou “floresta”, e é um dos sobrenomes mais antigos e difundidos do país. Segundo o IBGE, o nome começou a ser usado por pessoas provenientes de regiões com vegetação abundante ou mata nativa.
Veja os dez sobrenomes mais populares:
- Silva – 34.030.104
- Santos – 21.367.475
- Oliveira – 11.708.947
- Souza – 9.197.158
- Pereira – 6.888.212
- Ferreira – 6.226.228
- Lima – 6.094.630
- Alves – 5.756.825
- Rodrigues – 5.428.540
- Costa – 4.861.083
Além dos tradicionais Silva e Santos, o levantamento mostra a ampla presença de sobrenomes portugueses e espanhóis, herança direta do período colonial. Sobrenomes como Souza, Pereira, Ferreira e Lima também figuram entre os mais usados, reforçando a influência ibérica na formação da sociedade brasileira.
Curiosidades e tendências reveladas pelo Censo 2022
De acordo com o IBGE, o levantamento não apenas identifica os nomes mais comuns, mas também permite observar mudanças culturais e tendências de novas gerações. Nomes bíblicos e tradicionais, como José, João e Maria, ainda são predominantes entre pessoas mais velhas, enquanto nomes como Miguel, Davi, Sophia e Helena aparecem com maior frequência entre as gerações mais jovens — embora não liderem o ranking geral.
O banco de nomes e sobrenomes do IBGE é aberto ao público e permite consultar a popularidade e a origem do seu próprio nome, além de identificar em quais estados e cidades ele é mais comum. A ferramenta também mostra como certas escolhas se tornaram mais populares em determinadas regiões do país, refletindo tradições religiosas, culturais e linguísticas locais.
Comparação entre 2010 e 2022: mudanças discretas, mas simbólicas
Comparado ao Censo 2010, o novo ranking demonstra pequenas alterações na preferência dos brasileiros, mas reforça a permanência de nomes clássicos. No top 10 masculino, Gabriel entrou no lugar de Marcos, enquanto no feminino, Júlia substituiu Aline.
Essas mudanças refletem, segundo analistas do IBGE, a influência de nomes bíblicos modernos e personagens da cultura popular, que ganharam espaço nas últimas décadas, especialmente entre as gerações nascidas após os anos 2000.
Tradição e identidade marcam os nomes dos brasileiros
Os dados do Censo 2022 confirmam que, mesmo em um país de dimensões continentais e de enorme diversidade cultural, a tradição ainda dita boa parte das escolhas de nomes e sobrenomes. Entre as Marias, Josés, Silvas e Santos, o Brasil reafirma sua identidade múltipla, construída sobre séculos de história, fé e miscigenação.
E para quem quiser descobrir mais sobre o próprio nome, o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oferece uma ferramenta interativa com detalhes sobre popularidade, origem e distribuição regional de milhares de nomes e sobrenomes registrados no país.
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