Levantamento aponta alta nas mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil; Bahia tem 31 casos

Salvador foi apontada como a capital mais perigosa para a comunidade LGBTQIAPN+, com 14 casos


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Redação 18/01/2025 13:10 Cidades
Levantamento aponta alta nas mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil; Bahia tem 31 casos - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou um preocupante aumento de 13,2% no número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em 2024, segundo dados do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). Ao todo, foram 291 vítimas em todo o país, 34 casos a mais que no ano anterior, quando 257 mortes haviam sido contabilizadas. O levantamento, que é realizado há 45 anos, é baseado em notícias veiculadas na imprensa e correspondências enviadas à ONG. As informações são do G1 Bahia.

Os crimes incluem homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas violentas. A maior parte das ocorrências foi registrada nas regiões Nordeste e Sudeste, com 99 casos em cada.

Vítimas e perfil

Entre as vítimas de 2024, os gays foram o grupo mais atingido, com 165 mortes. Em seguida, vieram travestis e mulheres trans (96), lésbicas (11), bissexuais (7) e homens trans (6). Seis pessoas identificadas como heterossexuais também foram incluídas no levantamento, por terem sido confundidas com integrantes da comunidade ou por defenderem vítimas.

A faixa etária mais afetada foi de 26 a 35 anos, com 66 mortes, seguida por pessoas de 36 a 45 anos (52 casos) e de 19 a 25 anos (43 casos). Entre os gays, professores lideram como a profissão mais registrada, enquanto, entre travestis e mulheres trans, a maioria das vítimas eram profissionais do sexo.

Principais estados e capitais

São Paulo liderou o ranking de estados com maior número de mortes (53), seguido pela Bahia (31) e Mato Grosso (24). Já Salvador foi apontada como a capital mais perigosa para a comunidade LGBTQIAPN+, com 14 casos. Na sequência, aparecem São Paulo (13) e Belo Horizonte (7).

A Bahia, em particular, concentra 10,65% dos casos registrados no país. Um exemplo que ilustra essa violência é o assassinato de Neuritânia Pacheco, uma mulher trans de 48 anos, morta em Sobradinho, no norte do Estado. Ela foi vítima de apedrejamento, e um adolescente de 17 anos foi apreendido como suspeito.

Métodos de violência e dados regionais

Os métodos de violência mais comuns incluíram arma branca (65 casos), arma de fogo (63) e espancamento (32). Em relação à cor das vítimas, 115 eram brancas, enquanto 97 tinham cor não identificada e 79 eram pretas ou pardas.

O levantamento também destacou que, proporcionalmente ao número de habitantes, Salvador ficou atrás de cidades como Cuiabá, Palmas e Teresina no índice de violência.

Respostas e lacunas das autoridades

O Governo do Estado e o Governo Federal foram questionados sobre os dados alarmantes, mas não responderam até o fechamento do levantamento. Segundo o GGB, ainda há uma lacuna significativa em termos de coleta e disponibilização de dados específicos sobre mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+.

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