Jornalista baiano é destaque no Fórum de Minorias Sociais da ONU e faz palestra na Suíça

A Organização das Nações Unidas (ONU) convidou o jornalista e roteirista baiano, o Dimas Novais, para participar do Fórum de Minorias Sociais do Alto Comissariado pelos Direitos Humanos. O evento aconteceu entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro em Genebra, capital da Suíça, onde foram discutidas a representatividade de grupos sociais minorizados em espaços públicos, na educação, mídia e artes e cultura. 

“O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) entrou em contato com a ONU Brasil, que recomendou meu nome por conhecer trabalhos meus como o Festival Negritudes e outras atuações em projetos antirracistas. A ONU de Genebra me abordou, conversou comigo e, então, me convidaram oficialmente”, disse Dimas. 

Roteirista da TV Globo participou do debate sobre representatividade nas mídias globais, trazendo um pouco de sua experiência sobre a mídia brasileira. “Falei sobre a mídia brasileira junto a um palestrante de Hong Kong e outro da Turquia. Fiz uma apresentação breve para dar um panorama sobre representatividade da população negra em mídias brasileiras”, declarou ele, afirmando ter palestrado para mais de 500 pessoas.  

“Falei sobre como o Festival Negritudes da TV Globo, que surgiu pequeno, cresceu tanto. E também sobre os espaços que as narrativas negras vêm conquistando no Brasil. Acredito muito nas trocas de experiências. Para mim, todo mundo tem algo a ensinar e a aprender. Só precisamos estar dispostos a aprender a escutar atentamente. Muitas vezes, tudo o que alguém precisa para mostrar que pode contribuir é oportunidade”, contou.  

O baiano revelou ainda que se sentiu honrado em contribuir “em escala global” para a promoção de debates sobre representatividade que podem promover um mundo menos desigual.  

“Ser do Nordeste me traz perspectivas específicas sobre como as culturas negras moldaram a nossa nação e também como tem sido um processo de resistência ferrenho manter nossas artes, expressões e força. Levo comigo a beleza das infinitas formas de cultura que nosso povo negro fundou e conseguiu manter, além da capacidade de transformar dores e frustrações em motor de mudança”, finalizou.