Jerônimo anuncia troca de comando em presídio de Eunápolis e garante continuidade na busca por foragidos
Fuga, ocorrida em 12 de dezembro, foi marcada por invasão de homens armados e nenhum preso foi encontrado ainda

Quase um mês após a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no Extremo-sul da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a assegurar o empenho das forças de segurança na recaptura dos fugitivos. Em entrevista ao Portal M! na manhã desta terça-feira (7), ele anunciou a troca na direção do presídio e destacou as ações de inteligência em andamento, apesar da falta de resultados concretos desde o incidente.
A fuga, ocorrida na noite de 12 de dezembro, foi marcada por uma invasão de homens armados que trocaram tiros com agentes de segurança. Desde então, a unidade tem passado por uma intervenção administrativa conduzida pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
“Hoje, nomeamos uma nova direção. O secretário Zé Castro retornou de uma agenda externa e se reuniu com o Tribunal de Justiça para garantir a apuração dos fatos e punir os responsáveis”, explicou o governador ao Portal M!, durante a entrega de dez novas viaturas para as forças de segurança da Bahia, no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Crise de segurança em Jequié
Enquanto a operação para localizar os fugitivos de Eunápolis prossegue sem avanços, a cidade de Jequié, no Sudoeste do Estado, enfrenta uma onda de violência alarmante. Entre os dias 3 e 5 de janeiro, oito homicídios foram registrados no município, incluindo um caso brutal envolvendo dois jovens encontrados carbonizados em um imóvel abandonado.
Jerônimo afirmou que mobilizou forças policiais em ações semelhantes à Operação Oros, com o objetivo de conter o avanço do crime organizado na região. “Estamos trabalhando em parceria com a prefeitura e localizamos câmeras instaladas pelo crime organizado. Também já prendemos suspeitos. Sabemos que é um cenário difícil, mas estamos determinados a superar essa situação”, declarou o governador ao Portal M!.
Apesar das medidas anunciadas, Jequié continua entre as cidades mais violentas do Brasil, com uma taxa de homicídios de 91,9 por 100 mil habitantes, segundo o Atlas da Violência 2024. A cidade é um dos sete municípios baianos listados entre os mais violentos do país, evidenciando os desafios enfrentados pela gestão estadual na área de segurança pública.
Problemas no sistema penitenciário
Além da violência nas ruas, a Bahia enfrenta crises dentro de seus complexos penitenciários. Mortes entre detentos e episódios de descontrole interno têm chamado atenção para a fragilidade na administração das unidades. Jerônimo afirmou que está intensificando as operações de inteligência e a fiscalização nos presídios.
“Estamos realocando criminosos mais violentos de forma sigilosa e fortalecendo a fiscalização com novos equipamentos tecnológicos”, afirmou ao Portal M!.
O governador ressaltou que essas ações são conduzidas pela inteligência policial, sem interferência direta do governo, mas críticos apontam que os problemas no sistema penitenciário são reflexos de uma administração deficiente e sobrecarregada.
Críticas da oposição
A gestão de Jerônimo Rodrigues tem sido alvo de fortes críticas. O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto (União Brasil), lamentou, nesta última segunda-feira (6), os impactos da violência na imagem da Bahia, especialmente durante a alta temporada turística. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, o ex-prefeito de Salvador responsabilizou diretamente o governador Jerônimo pela falta de medidas eficazes para conter a violência.
“Começo de um novo ano, verão bombando, alta estação em nosso estado, momento que a Bahia mais recebe visitantes do Brasil e do exterior, mas, infelizmente, a imagem do nosso estado não é transmitida apenas de uma forma positiva, como nós desejávamos que fosse. Somente no ano de 2024 foram registrados seis assassinatos, registros oficiais, de seis pessoas que foram mortas porque fizeram gestos aparentemente inocentes, mas que estavam ali afrontando as facções criminosas. É preciso que o governador comece a trabalhar, comece a agir, chame pra si a responsabilidade. Deixe de se afastar do problema e compreenda que ele é parte essencial da solução”, bradou Neto
O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) também criticou a postura do governador Jerônimo Rodrigues (PT) diante da onda de violência que deixou oito pessoas mortas em Jequié, entre os dias 3 e 5 de janeiro. “O governador foi eleito para governar para todos, sem distinção política. A população espera medidas concretas para conter essa escalada de violência”, declarou.
Investimentos questionados
Apesar de o governo estadual destacar investimentos em tecnologia e operações de segurança, os resultados ainda não correspondem às expectativas. A Bahia lidera o ranking nacional de cidades violentas, e episódios recentes, como a fuga de Eunápolis e os homicídios em Jequié, reforçam a sensação de insegurança entre a população.
Com a promessa de intensificar as ações em 2025, o governo enfrenta o desafio de reverter um cenário crítico. Enquanto isso, a população segue exposta a níveis alarmantes de violência e questiona a capacidade da administração estadual de lidar com o problema.
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