Um helicóptero sofreu uma queda em Penha, no litoral norte de Santa Catarina, na tarde deste sábado (4). A aeronave, que transportava cinco pessoas, caiu por volta das 14h30, nas proximidades da rodovia SC-414, enquanto tentava decolar a uma altura de cerca de quatro metros. Todos os ocupantes foram resgatados com vida, mas duas pessoas apresentaram ferimentos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, três dos ocupantes estavam estáveis, sem ferimentos aparentes. O piloto sofreu pequenas escoriações no punho, enquanto um idoso de aproximadamente 80 anos foi socorrido com suspeita de traumatismo craniano e encaminhado para um hospital da região. A vítima mais grave foi levada com urgência devido à gravidade de seu estado.

Confira imagens do helicóptero:

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Voo panorâmico

O helicóptero, de uso particular, estava realizando um voo panorâmico no momento do acidente. Após a queda, as autoridades monitoraram o local devido ao risco de vazamento de combustível da aeronave. Imagens dos bombeiros mostram os danos significativos causados pela queda.

As equipes de resgate atuaram rapidamente para evitar o agravamento da situação, mas a investigação sobre as causas do acidente ainda está em andamento. O Corpo de Bombeiros permaneceu no local até o final da tarde para assegurar a segurança da área.

2024: O ano mais letal na aviação brasileira em uma década

O ano de 2024 encerrou com o maior número de mortes na aviação no Brasil em 10 anos. Segundo os dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), até segunda-feira (30/12), foram registradas 148 vítimas fatais. Esse índice inclui o trágico acidente da VoePass, ocorrido em 9 de agosto, em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas, sendo quatro tripulantes e os demais passageiros.

Sem considerar esse evento, 2024 ainda seria o segundo ano mais letal, atrás apenas de 2016, quando 104 pessoas morreram em acidentes aéreos.

Ao longo da última década, o número de acidentes aéreos tem variado, mas com uma amplitude não muito grande. O ano com maior número de acidentes foi 2015, com 172 ocorrências, enquanto 2022 registrou o menor número de incidentes, com 49 casos. O total de mortes no período foi de 773 pessoas.

Apesar de variações nos acidentes, a quantidade de decolagens no Brasil tem diminuído ao longo dos anos. Em 2023, foram registradas 789 mil decolagens, 20,3% a menos em comparação a 2012, quando o número foi de 990 mil, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Causas dos acidentes: fatores humanos predominam

A investigação sobre os acidentes aeronáuticos revela que fatores humanos são os principais responsáveis. O desempenho técnico do ser humano foi identificado como fator contributivo em 48,8% dos acidentes aéreos. O aspecto psicológico também teve um papel importante, sendo mencionado em 31,8% dos casos. Outros fatores, como o ambiente operacional, representaram 5,4% dos acidentes, com o restante das ocorrências atribuídas a fatores diversos.

Entre os acidentes registrados de 2015 a 2024, 556 saídas de pista foram observadas, com um total de 244 aeronaves destruídas. A quantidade de acidentes e mortes variou ao longo da década, refletindo não apenas o número de decolagens, mas também as condições e os fatores que influenciam a segurança aérea. Mesmo com os desafios enfrentados pelo setor, o monitoramento contínuo e as melhorias na segurança têm sido fundamentais para reduzir a gravidade dos incidentes.

Acidente da VoePass: investigações em andamento

O acidente da VoePass, que ocorreu durante a aproximação para pouso no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), segue sendo investigado. Um mês após a tragédia, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou um relatório preliminar detalhando a sequência de eventos que levaram à queda do avião em Vinhedo (SP).

Embora o relatório tenha fornecido detalhes sobre o ocorrido, a causa final do acidente ainda não foi determinada, e o relatório conclusivo da investigação não tem uma data definida para ser finalizado.