A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), a operação Balcones, com o intuito de desmantelar uma organização criminosa que atuava em fraudes tributárias, gerando um prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos. A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), que executou sete mandados de busca e apreensão em diversos pontos de Salvador.
Entre os principais envolvidos, destaca-se um despachante aduaneiro, identificado como o operador central do esquema. Ele desempenhava um papel crucial ao conferir uma aparência de legalidade às transações fraudulentas. As investigações também indicaram a participação direta de servidores públicos de um órgão fazendário, que facilitavam a liberação de mercadorias na alfândega sem que os tributos devidos fossem recolhidos, como explicou a diretora do Draco, delegada Márcia Pereira.
“A descoberta do esquema ocorreu através da análise de documentos fornecidos por uma empresa que foi vítima das fraudes, acreditando que os impostos estaduais estavam sendo pagos corretamente. Na verdade, o despachante aduaneiro estava em conluio com fiscais fazendários, permitindo que produtos fossem liberados sem o devido pagamento de tributos”, detalhou a delegada.
Como parte da operação, as autoridades obtiveram, por meio de ordem judicial, o congelamento de contas bancárias e o bloqueio de bens dos suspeitos, incluindo imóveis, veículos importados e lanchas. Além disso, foi decretado o afastamento cautelar dos servidores públicos envolvidos e a suspensão do acesso deles aos sistemas fazendários.
A investigação permanece em andamento, com foco na identificação de outros envolvidos, localização de bens ocultos e apuração de possíveis ramificações do esquema fraudulento.
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