Felipe Freitas diz que programa ‘Bahia pela Paz’ é uma ‘aposta na juventude’

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, defendeu, na manhã desta terça-feira (28), que o programa Bahia pela Paz é uma ferramenta essencial para a inclusão social e a prevenção da violência no Estado. Durante a inauguração do primeiro coletivo do programa, no bairro Águas Claras, em Salvador, ele falou sobre o papel do Estado em oferecer novas oportunidades para jovens em situações de vulnerabilidade e suas famílias.

“O Bahia pela Paz é uma aposta na juventude, antes de tudo. Ele é uma aposta nas possibilidades da juventude e das nossas comunidades, que hoje são vítimas da violência e da discriminação. Nós queremos oferecer oportunidade para esses jovens, sobretudo para aqueles que se encontram mais excluídos”, afirmou o secretário ao Portal M!.

Inauguração do primeiro coletivo Bahia pela Paz

O primeiro coletivo do programa Bahia pela Paz foi inaugurado, nesta manhã, pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). O equipamento contará com diversas políticas públicas voltadas para educação, cidadania e cultura.

Segundo Felipe Freitas, os coletivos Bahia pela Paz funcionarão como portas de entrada para jovens em situação de vulnerabilidade, proporcionando uma série de serviços como capacitações para o mercado de trabalho, linhas de crédito e formações cidadãs e culturais. De acordo com o secretário, o objetivo é criar caminhos que levem esses jovens à construção de um projeto de vida mais digno e esperançoso.

“A gente vai ter uma equipe multidisciplinar — psicólogos, pedagogos, advogados, assistentes sociais — que vão fazer busca ativa desses jovens, nas escolas, nos equipamentos de assistência social, nos equipamentos de saúde, no diálogo com o sistema de justiça, para oferecer a possibilidade de construírem um projeto de vida com o apoio do Estado”, explicou Freitas ao Portal M!.

Vítimas da violência

O programa também visa fortalecer laços de solidariedade com famílias que enfrentam o luto e a violência. Freitas ressaltou o papel do Estado em apoiar diretamente essas famílias, principalmente mães que perderam filhos em situações trágicas.

“Hoje, uma mãe que perde um filho de forma violenta, uma mãe que vê o seu filho na iminência de ser vítima de um caso de violência, ela luta muitas vezes sozinha para que o seu segundo filho, para que o seu marido, para que o restante da sua família sobreviva. É preciso que o Estado estenda a mão para essas mulheres e diga, existem alternativas e possibilidades de apoio para elas reconstruírem suas vidas”, explicou o secretário.

Violência na Bahia

Embora iniciativas como o Bahia pela Paz representem um passo importante, a Bahia enfrenta um panorama alarmante de violência. O Estado liderou os índices de homicídios no Brasil em 2024, com 2.087 homicídios dolosos registrados apenas no primeiro semestre, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A média foi de 11 crimes contra a vida por dia.

Além disso, a Bahia concentra seis das dez cidades mais violentas do país, incluindo Camaçari, Jequié e Feira de Santana. Esses números reforçam a necessidade de políticas públicas efetivas que promovam a prevenção da violência e a inclusão social.