Fake news sobre taxação do Pix alcançou 87% dos brasileiros, aponta pesquisa Quaest
Vídeo viral e crise nas redes sociais influenciaram decisão do governo sobre revogar norma da Receita Federal

As fake news relacionadas à suposta taxação de transações pelo Pix atingiram 87% dos brasileiros, segundo a pesquisa Quaest divulgada na última sexta-feira (17). Entre os entrevistados que tomaram conhecimento da informação falsa, 68% declararam ter visto o governo federal desmentindo a informação. Apesar disso, 67% ainda não descartam a possibilidade de que o sistema venha a ser taxado pela atual gestão.
A pesquisa entrevistou 1.200 pessoas entre os dias 15 e 17 de janeiro, com margem de erro de três pontos percentuais. A disseminação das notícias falsas gerou uma crise que levou o governo a revogar uma norma da Receita Federal.
Governo revoga norma após crise gerada por fake news
Diante da repercussão negativa, o governo federal decidiu revogar a norma que ampliava o monitoramento de transações financeiras, incluindo o Pix. Segundo o secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas, uma medida provisória (MP) será editada para garantir que o Pix seja tratado de forma igual ao pagamento em dinheiro, sem cobranças adicionais para pessoas físicas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o objetivo da MP é proteger os usuários do sistema de pagamentos. “O Pix estará protegido pelo sigilo, como sempre foi”, afirmou Haddad. Ele ainda destacou que não haverá taxação sobre as transações realizadas pelo meio de pagamento.
Advocacia-Geral da União investiga disseminação de fake news
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar a disseminação de fake news sobre o Pix. “Manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas”, afirmou a AGU em ofício, criticando o pânico causado entre a população.
Além disso, a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon) será acionada para investigar práticas abusivas relacionadas ao Pix. O ministro Jorge Messias destacou que a medida busca proteger consumidores e comerciantes de golpes baseados em informações falsas.
Vídeo viral amplia crise e atinge o governo
Antes da revogação da norma, a “polêmica do Pix” já acumulava milhões de interações nas redes sociais. Segundo a pesquisa Quaest, o tema gerou 5,8 milhões de menções antes do dia 14 de janeiro. Após a publicação de um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), as interações dispararam para 22,1 milhões no dia seguinte.
No vídeo, que alcançou mais de 310 milhões de visualizações, o deputado criticou o monitoramento das transações financeiras e afirmou que não descarta a possibilidade de taxação no futuro. A repercussão foi apontada como um dos fatores que influenciaram a revogação da norma pelo governo.
MP busca esclarecer desinformação sobre Pix
Para evitar novas crises, a medida provisória anunciada pelo governo pretende proibir cobranças diferenciadas para pagamentos via Pix. Segundo Fernando Haddad, a MP também visa corrigir distorções criadas por práticas ilegais e combater as fake news.
“O pequeno comerciante e o consumidor final não serão prejudicados”, declarou o ministro. Ele negou que a revogação da norma represente uma derrota, enfatizando que o governo está comprometido em proteger a população contra a desinformação.
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