Escola Maria Felipa promove mostra artístico-cultural em defesa da educação antirracista

A Escola Afro-brasileira Maria Felipa realizará, neste sábado (7), o espetáculo “Mariscada – Mostra Artístico-Cultural Decolonial”, celebrando a educação antirracista por meio das artes. Com apresentações teatrais, danças afrodiásporas, rimas e improvisos, o evento contará com a participação de alunos e professores da instituição.

As apresentações acontecerão, das 9h às 16h horas, na sede da escola, no bairro do Garcia, em Salvador. A entrada é aberta ao público, com o objetivo de envolver a comunidade em uma experiência imersiva nas tradições afro-brasileiras e indígenas.

“A arte é um instrumento transformador e educativo. Esta culminância anual celebra o aprendizado construído coletivamente entre alunos, famílias e educadores. É um verdadeiro xirê artístico”, destacou Cristiane Coelho, diretora da escola.

Além da mostra: inscrições abertas para a “Decolônia de Férias”

Paralelamente ao evento, a escola abriu inscrições para o programa “Decolônia de Férias”, que promoverá atividades culturais para crianças, independentemente de estarem matriculadas na instituição. A programação inclui brincadeiras afro-indígenas, oficinas de capoeira, danças, rimas, improvisos, além de aulas sobre história afrodiaspórica e atividades interativas.

Compromisso com uma educação antirracista e inclusiva

Fundada com uma proposta pedagógica inovadora, a Escola Maria Felipa adota uma abordagem de ensino antirracista, afroafetiva e de valorização das culturas africanas e indígenas. A instituição combate o eurocentrismo e promove a decolonialidade em diversas dimensões, como o ser, o saber e o poder.

“Diretamente, estamos nos comprometendo a combater um problema social, que é o racismo. A Maria Felipa é uma escola para todos (crianças pretas, indígenas, brancas, entre outras). Abraçamos a diversidade dos corpos”, destacou a diretora.  

Com uma metodologia trilíngue, que integra o português, inglês e libras, a instituição atende alunos do ensino fundamental 1 e segue fortalecendo seu papel como referência em práticas pedagógicas inclusivas e decoloniais.