Enem 2024: professores apontam prováveis assuntos das provas e dão dicas a candidatos

Neste domingo, exame terá questões de Ciências Humanas e Linguagens, além da Redação


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Bruno Brito 02/11/2024 12:41 Cidades
Enem 2024: professores apontam prováveis assuntos das provas e dão dicas a candidatos - Arquivo/Agência Brasil

Mais de 4,3 milhões de candidatos enfrentarão, neste domingo (3), o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, com questões de Ciências Humanas, Linguagens e a tão esperada Redação. Este é o maior número de inscritos desde 2020, e a expectativa cresce entre estudantes e educadores. Para auxiliar os participantes nesta reta final, o Portal M! consultou professores de diversas áreas para compartilhar dicas e apostar nos assuntos que podem aparecer nas questões e na Redação.

Os docentes destacam que, para o primeiro dia, vale a pena revisar temas atuais e de relevância social, que costumam aparecer nas provas de Ciências Humanas e Linguagens, além de pensar em temas da dissertação que abordem saúde, educação e cidadania. No domingo seguinte, 10 de novembro, os candidatos voltam para o segundo dia de provas, quando serão cobrados conteúdos de Matemática e Ciências da Natureza, o que reforça a necessidade de revisões técnicas e de prática em resolução de problemas.

Para a prova de Física, por exemplo, o professor Paulo Bahiense, do Grandes Mestres Vestibular, Villa Global Education e do Colégio Cândido Portinari, ressalta que o Enem reúne questões que associam as leis da física com contextos envolvendo tecnologia e suas diversas aplicações nos dias atuais.

Segundo ele, assuntos como Mecânica, Eletrodinâmica e Ondulatória são os de maior recorrência nas diversas edições do Enem. “Ainda é possível ter questões conteudistas, ou seja, que envolvem cálculos diretos a partir das aplicações de equações, oriundas de leis”, apontou.

Já para a prova de Química, o professor Luiz Uelder, dos colégios Marcodes, São Rafael e do Aprovados Cursos, na unidade do Shopping da Bahia, explicou que as questões envolvendo química geral exigem que os alunos entendam sobre destilação, extração por arraste, cromatografia, além de compreender as técnicas que consideram a diferença de polaridade, da temperatura de ebulição para poder promover a separação.

Outras temáticas importantes são as interações intermoleculares, a correlação entre as propriedades físicas e os compostos orgânicos, saber quais são os compostos mais voláteis, menos voláteis, de maior e menor solubilidade em água, de maior e menor temperatura de ebulição.

“Tem que também compreender o caráter ácido básico dos óxidos, dos sais, com a química ambiental, com os problemas ambientais, chuva ácida, efeito estufa. Então, tem que lembrar isso, a remediação e calagem do solo através da utilização de sais de caráter ácido básico, a depender do pH no meio. Tudo isso é a parte de química geral, que recorrentemente é cobrado nas provas do Enem. O aluno não pode chegar na prova sem saber estequiometria, então ele tem que aprender balanceamento, aplicar a nossa querida ‘regra do macho’, que leva em consideração a ordem de primeiro balancear o metal, depois o ametal, depois o carbono, depois o hidrogênio, e por último o oxigênio”, alertou o professor.

Luiz Uelder compartilha dicas de química em seu Instagram: @quimicacomuelder. Ele também está oferecendo uma revisão totalmente online e gratuita para quem vai participar do Enem. A inscrição pode ser feita através do Instagram.

Na prova de Biologia, o professor Sérgio Magalhães, que ensina nos Colégios Portinari e Integral, e é sócio/diretor do Pontomed, alerta que as questões envolvendo a matéria são muito atualizadas, além de estarem interligadas e associadas com o dia a dia das pessoas.

Por isso, o docente ressalta que os alunos devem estar atentos às questões de citologia que abordem fenômenos relacionados com as funções das organelas, com tecnologia, biotecnologia, DNA recombinante, transgênico e clonagem. Ele também citou as questões de fisiologia, sobretudo envolvendo a ação de hormônios, a exemplo da insulina.

“É importante também o aluno ficar atento à reposição hormonal, porque nós, seres humanos, a depender do sexo e principalmente da idade, dependemos de uma reposição hormonal. E sempre trazem questões a respeito disso, a análise da importância da testosterona, do estrógeno, também chamado de estradiol, e a progesterona. Não podemos deixar de lado, claro, questões relacionadas com o meio ambiente. Aí, a gente entra em ecologia, e é claro que o aluno tem que saber a diferença entre cadeia alimentar, teia alimentar, os tipos de pirâmide ecológica, pirâmide de número, de energia, de biomassa e também questões relacionadas com características dos seres vivos que vivem em ambientes com pouca água ou sem água quase nenhuma. Os vegetais xerófilos, o desenvolvimento de espinho, o desenvolvimento de tecidos de reserva de água, no caso também dos animais, a pele seca, uma pele com adaptações para viver nesse ambiente”, listou.

Magalhães pontuou ainda que funções básicas do sistema respiratório são importantes. “Relacionar o sistema respiratório com bioenergética e genética. Genética mendeliana sempre é uma boa pedida. Se você se preparou, agora é ficar tranquilo e atento às questões”, disse.

História e Geografia

Para o Enem 2024, o professor de História Jorge France, que ensina no Colégio Acesso, em Feira de Santana, Mendel Vilas, Vilas Imbuí, Análise, em Salvador, além do Colégio Único, na Pituba e em Alphaville, aponta que temas ligados à história do Brasil devem seguir como destaque da prova, sobretudo questões de caráter colonial e republicano. Entre os assuntos do período colonial, figuram a vida dos povos originários, a diáspora negra e a organização política inicial, com capitanias hereditárias e o patrimonialismo.

As revoltas, como a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira, também são recorrentes, assim como a Independência da Bahia e a Batalha do Jenipapo. No período imperial, o destaque vai para Pedro II, que viveu longo reinado no país. Já na história republicana, Getúlio Vargas é uma aposta frequente, além dos anos de chumbo e do governo de Juscelino Kubitschek (JK), que podem aparecer em questões culturais e de linguagem, áreas interdisciplinares típicas do Enem.

“Pode cair de alguma maneira, fazendo referência cultural e tudo, inclusive na prova de Linguagem. E a prova do Enem tem essa pegada de músicas, fragmento de textos, de imagem e de tudo”, explicou o docente, que também atua no Grandes Mestres Pré-Vestibular e como diretor pedagógico do Colégio Joanna de Ângelis.

Já no âmbito da história geral, o educador observou que temas de Idade Média e Idade Moderna seguem recorrentes, com destaque para o absolutismo, a reforma protestante e o contraste com o iluminismo. Revoluções como a Industrial e a Francesa, além das Guerras Mundiais, também são temas considerados cruciais para a compreensão dos processos históricos abordados na prova.

A Guerra Fria e as crises contemporâneas de democracia também devem aparecer, segundo ele, com questões sobre movimentos sociais e de identidade, incluindo as lutas no Oriente Médio. A história da África, com foco no imperialismo e nas fronteiras artificiais que perpetuam conflitos atuais, também se revela importante, sendo um tema que pode ser explorado tanto nas questões de história quanto de geopolítica.

“Eu sugiro ao aluno fazer uma revisão geral dos apontamentos que o professor dele colocou, deu dicas. E nesse apontamento geral fazer uma revisão de história geral, de história do Brasil. Existem vídeos no YouTube, que trazem a temática da história do Brasil em uma hora. Você pode ver, aprender, afinal é importante que a gente diversifique a aprendizagem”, destacou.

O professor de Geografia Orlando Neto orienta que, além de revisar temas específicos, os estudantes foquem na compreensão da estrutura da prova do Enem, que valoriza competências e habilidades. Ele recomenda que, nessa reta final, os alunos cultivem otimismo e confiança, visualizando, por exemplo, as universidades e cursos que desejam, e conhecendo a grade curricular.

Na avaliação do educador, esses cuidados ajudam a entrar na prova de forma mais tranquila e preparada para ler e interpretar as questões com precisão. “É importante que o aluno procure fazer algo que ele se sinta bem, relaxado, se projetando em alguns locais em que ele pode estar em 2025, estudando. Isso ajuda muito. Ele entrar no site da universidade que ele pleiteia, ver a grade do curso que ele deseja, onde quer estudar, para que ele se sinta otimista. Aí, automaticamente, ele já vai com outro olhar para a prova”, ressaltou o docente, que atua na rede estadual de ensino e também na rede privada, nos colégios Apoio, Pirâmide e São Bento.

Entre os temas mais prováveis para a prova de Geografia, Orlando destacou tópicos da geografia física, como litosfera, geologia, relevo, solos e condições climáticas. Na geografia econômica e humana, ele aponta para a distribuição industrial e os métodos produtivos, além do espaço agrário e os impactos da produção agrícola. Questões ambientais e a relação entre sociedade e natureza também são apostas, sendo conteúdos recorrentes nas edições anteriores do Enem.

“Quando a gente fala dos últimos cinco anos, litosfera, a parte de geografia física, geologia, relevo, solo, apareceu muito. A parte de clima, a condição da atmosfera também foi bem presente. Do ponto de vista da geografia econômica humana, a parte de indústria, as produções, os métodos produtivos, todo o componente da distribuição industrial é um ponto bem presente, assim como também a própria ideia do espaço agrário, a produção agrícola, os impactos que isso vem trazendo, toda uma estrutura da distribuição produtiva em nosso planeta”, observou.

Matemática

Para a prova de Matemática, o professor Mateus Lordêlo, que ensina nos colégios Sacramentinas e Integral, explica que o modelo do certame traz por volta de 25 a 30 questões trabalhando conceitos de matemática básica: razão, proporção, porcentagem, regra de três simples e composta, a parte de sistemas, matemática financeira de forma básica, operações envolvendo os números naturais, números inteiros. Ele também apontou que questões envolvendo estatística e geometria, inclusive envolvendo geometria plana geometria espacial.

“São os grandes focos em termos de conteúdo. Quanto às estratégias, é muito importante focar nas simples. A prova de matemática já permitiu que uma pessoa acertando 17 questões sem coerência, de forma aleatória, tivesse uma pontuação menor do que uma pessoa que acerte apenas uma questão. A coerência conta muito na sua prova e você precisa localizar as questões mais tranquilas, e o normal é que venham em média três questões em cada página. Uma boa estratégia é procurar a mais simples da página, que você se sente mais confortável, como conteúdos que você gosta, interpretações de gráficos, questões com texto pequeno, questões que tem que fazer sem conta, somente com a visualização de uma figura. Normalmente o aluno se sente bem com esse tipo de conteúdo”, orienta.

De acordo com ele, a partir dessa coerência, priorizando as questões mais tranquilas, a média dos alunos terá um desempenho melhor. “Isso interfere demais. A outra dica, que é muito valiosa, é não corrigir a prova entre o primeiro e o segundo dia. Nada de bom vai sair desse sentimento. Você vai fazer o primeiro dia, o jogo está em aberto, você não sabe como foi sua Redação e você precisa focar nessa segunda semana de prova se concentrando, mentalizando e produzindo o melhor que você pode até o final. Então, não corrijam o primeiro dia de prova, para não ficar remoendo ou minando suas energias para o segundo dia”, recomenda.

Português e Literatura

Já a prova de Literatura, conforme o professor Deco Duarte, que ensina nos colégios Gregor Mendel, Oficina, Cândido Portinari e no Curso Bernoulli, deve reunir questões envolvendo as escolas literárias tradicionais, a exemplo do romantismo, realismo e modernismo, além de incluir autores como Machado de Assis. Outra parte importante diz respeito à construção do texto literário, envolvendo questões como figuras de linguagem.

Há ainda outras estratégias que podem ser cobradas em face de como um texto é construído. “Se mostra o ponto de vista interno do personagem, se mostra, por exemplo, a humanização de um animal. Não todas essas questões estão ali perpassando a prova de literatura, ou um conhecimento mais técnico dos autores em movimentos, ou essas técnicas de escrita literária, por exemplo. Outra parte importante que o Enem também cobra usando o texto literário é no que diz respeito a valores sociais que estão sendo construídos pela literatura, a luta contra o preconceito, a questão da empatia, a questão de determinação para conseguir objetivos. Então, são alguns temas que as questões do Enem, historicamente, têm cobrado. E eu acredito que em 2024 não vai ser diferente”, pontua.

Na prova de português, devem ter espaço temáticas como gêneros textuais, funções de linguagem, além de noções envolvendo as artes. “O aluno tem que entender qual gênero textual é especificamente naquela função – por exemplo, a notícia. Então é importante o candidato perceber como esses gêneros textuais são construídos estruturalmente. Nessa questão da escrita estrutural, é importante e também qual a função desses textos, qual o objetivo deles. Eu acredito que com essas duas dicas, por exemplo, o candidato já tem ali mais de dez questões mapeadas na prova”, afirma.

Já com relação às artes, Deco chamou atenção para as contemporâneas. “Quais são as marcas que a arte contemporânea tem, mais do que conhecer o nome do movimento contemporâneo, é a caracterização geral da arte contemporânea baseada muito em performances, em instalações. O Enem sempre está cobrando também uma, duas questões que passeiam por esse tipo de visão”, alertou.

Redação

Para a Redação, o professor Lucas Rocha, que leciona no Curso e Colégio Gregor Mendel, no Curso Interseção, nos colégios Leffler e Portinari, além do Curso Grandes Mestres, lembrou que os últimos temas tiveram a ver com leis que foram promulgadas recentemente no Brasil. “Isso nos dá mais ou menos uma noção do que pode ser cobrado e norteia nosso trabalho. Faz com que a gente possa escolher temáticas que são mais efetivamente possíveis serem cobradas na prova”, observou.

Em função disso, o docente aposta que entre os diversos eixos, como Saúde, Educação, Tecnologia, Cidadania, entre outros, uma possibilidade é a opção por um recorte ligado à Educação ou ao jovem/adolescente, a exemplo da temática do bullying, inclusive com a promulgação da Lei 14.811/2024, em 15 de janeiro de 2024, que criminaliza a prática e o cyberbullying no Brasil.

Outra possibilidade é o tema da evasão escolar, inclusive sob a ótica do projeto Pé de Meia, que proporciona um valor em dinheiro para que o aluno continue estudando. “Nós temos educação financeira, que é muito interessante. Nós temos Inteligência Artificial, temos também a universalização das bibliotecas, que é um tema que dialoga principalmente com a alfabetização, e que foi um dos decretos que Lula primeiro assinou quando voltou à presidência”, ressaltou.

Ele destacou, ainda, a temática do saneamento básico, bem como a da violência doméstica contra crianças e adolescentes, se inspirando muito no caso Henry Borel. “Eu acredito que não vai ser problema para o estudante, pelo menos para os novos estudantes, que vem produzindo conhecimento já há algum tempo”, projeta.

Lucas orienta que a prova de Ciências Humanas e Linguagens deve ser dividida em três blocos, optando por começar pela de maior dificuldade. E só após o término, o estudante deve iniciar a Redação. “Terminou a prova, vai fazer sua redação. Faz o rascunho, deixa o texto ‘descansando’, passa o gabarito da primeira prova a limpo, volta e passa o texto a limpo, e vai para a última prova”, resume.

De acordo com ele, um dos principais pontos a serem explorados pelos candidatos é o rascunho. Na avaliação do professor, a ferramenta é mal utilizada por muitos candidatos, sendo usada, inclusive, apenas por “desencargo de consciência”.

“Eu estou fazendo o meu texto, conectando as ideias, pensando e escrevendo ao mesmo tempo, o que obviamente vai gerar uma primeira versão, erros e tudo mais. E aí eu registro tudo aquilo, logo após o término dessa parte, quando eu consigo terminar o texto, é um choque para esse estudante. Ele fica tão feliz que ele coloca a folha definitiva do lado, e passa automaticamente, aquele texto pronto, como se ele tivesse sido feito de areia, qualquer vento que passasse, aquela redação iria embora por completo. Mas é óbvio que isso está errado. Evidente que isso não é produtivo. O que não é produtivo? Se desconectar da redação. Eu sempre digo aos estudantes: vamos usar técnica jornalística. Terminou de fazer o rascunho, deixa ele descansando, vai passar o gabarito da primeira prova que fez a limpo, vai fazer uma parte da outra prova e só depois de um tempo, de preferência algo em torno de 15 a 20 minutos, o estudante pega a redação dele pronta e começa a passar a limpo, limpando essa redação dos possíveis problemas que ela tenha”.

Línguas Estrangeiras

Já para as provas de Língua Estrangeira, a professa de Inglês, Larissa Pita, que ensina nos Colégios Portinari e Sacrametinas, além do Mendel Pré-Vestibular e na rede municipal de ensino, ressalta que uma das principais orientações está ligada ao estudo de expressões idiomáticas, além do cuidado com falsos cognatos. “Entenda que a língua inglesa é viva e dinâmica, então as expressões são características principalmente culturais. Os falsos cognatos também são bem comuns de aparecerem nas questões do Enem, principalmente como distratores”, afirmou.

A docente, que compartilha dicas de inglês através do seu perfil @inglescomlari no Instagram, enfatizou ser necessário entender que a gramática da língua inglesa é utilizada como instrumento de acesso a uma melhor compreensão textual. Para tanto, se torna essencial revisar verbos modais, voz passiva e tempos verbais.

“A última dica, mas não menos importante, é ler o enunciado e as proposições primeiro, principalmente se você tiver dificuldade com o idioma. Isso irá ajudar no processo de compreensão do texto, como o tema central, por exemplo”, orientou.

Já para a prova de Espanhol, a professora da rede estadual de ensino e dos colégios privados Mediterrâneo e Cândido Portinari, Malu Lima, listou que temáticas como a cultura hispânica, seja a parte de literatura, música, dança e tradições culturais dos países de língua espanhola, podem figurar na prova, da mesma forma que as atualidades, como questões sociais, políticas e econômicas que estejam em destaque na América Latina ou em outros países hispanofalantes.

Ainda segundo a educadora, que também leciona no Instituto Cervantes, temáticas envolvendo o meio ambiente, como discussões sobre ecologia, mudanças climáticas e sustentabilidade, bem como de saúde e bem-estar, a partir de temas relacionados à saúde pública, hábitos saudáveis e direitos humanos podem ser cobrados no Enem.

“Na área da Educação, questões sobre sistemas educacionais em diferentes países hispanofalantes. E na área da tecnologia e sociedade, questões sobre o impacto da tecnologia na vida cotidiana e nas relações sociais”, observou a professora, que também é preparadora e avaliadora do Diplomas de Español como Lengua Extranjera (DELE).

Entre as principais dicas para a resolução das questões, Malu enfatizou que ler com atenção é um importante aliado, bem com prestar atenção aos detalhes, já que muitas perguntas exigem compreensão profunda. Outro ponto importante é a identificação do tema central do texto, fator que ajudará a responder perguntas relacionadas à interpretação e ao contexto.

“Ficar atento ao vocabulário, [porque] muitas questões podem envolver o significado de palavras ou expressões. Se não souber uma palavra, tente deduzir seu significado pelo contexto. Analise as alternativas antes de escolher a resposta. Às vezes, duas opções podem parecer corretas, mas uma é mais adequada que a outra”, alertou Malu, que também é professora Núcleo Permanente de Extensão em Letras (NUPEL), na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Por fim, a docente também recomendou que os alunos pratiquem a leitura em espanhol, seja através de artigo, livros ou notícia, como forma de ajudar o participante a se familiarizar com a língua e a melhorar sua compreensão. “Resolver provas anteriores é uma prática fundamental, para entender o formato das questões e os tipos de textos que costumam aparecer. E gerenciar o tempo. Não passar muito tempo em uma única questão. Se estiver em dúvida, marque e volte depois, se sobrar tempo”, recomendou.

O que levar para a prova?

Para participar da prova é obrigatório levar um documento oficial de identificação, com foto e caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. É preciso estar atento ao que é permitido no local de prova para não correr o risco de ser eliminado do exame.

Nas duas últimas edições do Enem, por causa da pandemia de Covid-19, o uso de máscara de proteção facial era obrigatório. Agora, o uso continua sendo permitido, mas deixa de ser obrigatório nos estados e municípios onde é liberado em locais fechados.

De acordo com o edital, para a identificação, os participantes devem apresentar documentos originais, com foto. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. Nesta edição serão aceitos os documentos digitais e-Título, CNH digital e RG digital, desde que apresentados nos respectivos aplicativos oficiais.

A caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, é item obrigatório também para os candidatos do Enem digital, já que a redação será feita em papel e não no computador, como o restante da prova.

Embora não seja obrigatório, é recomendado que os participantes levem lanche, água e/ou outras bebidas, com exceção das alcoólicas, que não são permitidas e podem levar à eliminação do candidato.

É recomendado ainda portar o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.

Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.

O que não levar?

Os candidatos não podem portar, durante o exame, nenhum dispositivo eletrônico, como telefones celulares, smartphones, tablets, wearable tech, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas e/ou similares, gravadores, pendrive, mp3 e/ou similares; alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico.

Os celulares devem ser desligados, pois se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque ou alarme, o participante será eliminado do exame.

Também não podem ter em mãos fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens. São ainda itens proibidos óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares; caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos, livros, manuais, impressos, anotações; protetor auricular, relógio de qualquer tipo.

Esses objetos, caso o estudante leve para o exame, devem ser colocados dentro do envelope porta-objetos fornecido pelo aplicador, ao ingressar na sala de provas. A Declaração de Comparecimento também deve ser colocada dentro do envelope. O envelope deve ser lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local. Caso o participante descumpra essas regras, poderá ser eliminado do exame.

Cine Aulão neste sábado (2)

Promovido pela Unijorge, o tradicional Cine Aulão, que serve como uma alternativa para o estudantes se prepararem para o Exame, será realizado neste sábado (2) e no próximo (9), no Cinemark do Salvador Shopping, das 7h30 às 12h.

Uma equipe de professores levará informações sobre os principais conteúdos do exame, dicas, estratégias e orientações. Neste sábado, ocorrerão as aulas de Linguagens e Ciências Humanas, e no dia 9, Matemática e Ciências da Natureza.

As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas. Todas as informações e links de inscrição para as atividades estão disponíveis no site da Unijorge, na aba MISSÃO ENEM UNIJORGE | 7ª Edição – Unijorge.

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