Empresário morto no aeroporto de Guarulhos carregava mala com R$ 1 milhão em joias

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, executado na tarde da última sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, carregava uma mala com joias no momento em que foi vítima de dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2. Segundo as investigações, os itens de luxo foram avaliados em R$ 1 milhão, depois de serem apreendidos pela Polícia Civil de São Paulo.

O mandado de morte ao empresário ocorreu porque ele tinha fechado um acordo de delação premiada para contar detalhes de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções do país. Na ocasião, uma dupla de criminosos direcionou 27 disparos a Gritzbach. Segundo a perícia, a vítima foi atingida por dez tiros e, apesar de ser socorrido, não resistiu aos ferimentos.

As câmeras de segurança do aeroporto de Guarulhos, inclusive, flagram todo o ocorrido. Em meio à situação conturbada, o delator do PCC transportava uma mala com joias que tinham certificado de joalherias como Bvlgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier, avaliadas em um valor aproximado de R$ 1 milhão. Confira:

• 11 anéis prateados com pedras rosadas, outras esverdeadas, em formas de coração e de pingo;
• Seis pulseiras esverdeadas e douradas;
• Dois colares prateados em forma de pingo e com pingentes;
• Nove pares de brincos com pedras verdes, azuis e prateadas.

A trajetória de Gritzbach está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas ao PCC. Por isso, o empresário fechou acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril. Antes de ser “silenciado”, o delator já estava em negociações com o Ministério Público Estadual por 2 anos e já havia prestado seis depoimentos.

Em sua oitiva, ele citou o envolvimento do PCC com o futebol e o mercado imobiliário. Segundo o Estadão, o prêmio por sua morte girava em torno de R$ 3 milhões.

Outras vítimas

Além do assassinato de Gritzbach, os criminosos fizeram outras três vítimas, uma delas morreu e outras duas ficaram feridas. O ataque ao delator também matou o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, que estava no momento dos disparos e foi atingido por um tiro de fuzil nas costas.

Inicialmente, Celso foi encaminhado ao Hospital Geral de Guarulhos (HGG) e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi submetido à cirurgia. Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no último sábado (9). Mesmo sem ter envolvimento com o caso, o motorista de aplicativo deixou a sua esposa, Simone Dionízia Fernandes Novais, com quem era casado há mais de duas décadas, e três filhos: o caçula, de 3 anos, um adolescente de 13 e outro jovem de 20.