Dólar cai ao menor valor desde outubro com recuo da inflação nos EUA e acordo com China
Moeda norte-americana acumula queda de mais de 10% em 2025; Ibovespa volta a subir puxado por commoditie

O dólar comercial encerrou a quarta-feira (11) vendido a R$ 5,538, no menor patamar desde 8 de outubro de 2024. A moeda norte-americana recuou 0,57% no dia, após abrir em alta e atingir R$ 5,58. Por volta das 13h, chegou à mínima de R$ 5,52, influenciado pela divulgação de dois fatores externos. As informações são da Agência Brasil.
O primeiro foi a queda da inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor ficou em 0,1% em maio, abaixo das projeções do mercado. O resultado aumentou a expectativa de que o Federal Reserve antecipe o corte nos juros, o que favorece países emergentes como o Brasil.
O segundo fator foi o avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Em uma publicação, o presidente Donald Trump informou que as conversas foram concluídas. O acordo prevê a retirada de restrições aos minerais raros chineses e a definição de tarifas de 55% para produtos chineses nos EUA e 10% para os produtos americanos na China. A formalização depende agora da ratificação por Trump e pelo presidente Xi Jinping.
Com esses fatores, o dólar acumula queda de 3,18% em junho e de 10,4% em 2025, fazendo do real a moeda com melhor desempenho na América Latina neste ano.
Ibovespa sobe com alta do petróleo e ações de bancos
O Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,51%, aos 137.128 pontos, interrompendo três sessões de queda. A valorização foi impulsionada por ações da Petrobras e de bancos privados.
As ações ordinárias da estatal subiram 2,93% e as preferenciais, 3,33%, refletindo o aumento de mais de 4% no preço do petróleo, que atingiu o maior valor dos últimos dois meses. O movimento foi motivado pelas tensões no Oriente Médio, como a possibilidade de evacuação da embaixada dos EUA no Iraque e ameaças do Irã a bases aéreas norte-americanas.
Expectativa por medidas fiscais e taxa Selic afeta mercado interno
O recuo do dólar também foi observado na última sexta-feira (6), quando a moeda fechou vendida a R$ 5,57, com queda de 0,28%. Na ocasião, a valorização do real ocorreu diante da expectativa por um novo pacote fiscal do governo federal, que deve substituir o aumento do IOF.
Ao mesmo tempo, o mercado projetou uma elevação de 0,25 ponto percentual na Taxa Selic, cuja decisão será tomada nas reuniões do Copom em 17 e 18 de junho. A perspectiva de juros mais altos reduziu o apetite por ações e impactou negativamente o desempenho da bolsa.
A bolsa de valores, naquele momento, fechou aos 136.102 pontos, com queda de 0,1%, acumulando recuo semanal de 0,67%.
Reunião entre EUA e China e cenário político nacional também influenciam
Nos Estados Unidos, a criação de empregos acima das expectativas em maio chegou a pressionar o dólar pela manhã, mas a confirmação de que representantes comerciais dos dois países se reunirão em Londres na próxima semana amenizou a reação do mercado.
No Brasil, o ambiente político também teve influência. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a economia não será o único fator decisivo nas eleições presidenciais de 2026.
“A economia é importante, sempre foi, mas não é o único fator que vai definir o resultado de uma eleição”, afirmou. Segundo ele, questões culturais e sociais, como segurança pública, religião e costumes, terão peso significativo no pleito.
Haddad também defendeu a manutenção de Geraldo Alckmin como vice de Lula em uma eventual reeleição e descartou a própria candidatura à Presidência. Sobre as tensões com o ministro Rui Costa, afirmou que os dois já superaram as diferenças. “No começo do governo nós tínhamos duas linhas um pouco diferentes. Mas isso foi se alinhando”, disse o ministro.
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