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CNJ afasta desembargador após ele dizer que ‘mulheres estão loucas atrás de homens’

CNJ
Fala do desembargador teria ocorrido durante julgamento de caso de assédio sexual contra menina de 12 anos

Nesta quarta-feira (17), o ministro Luís Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ordenou o afastamento do desembargador Luís César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná. O afastamento teria ocorrido após Espíndola ter afirmado que “mulheres estão loucas atrás dos homens”, durante um julgamento de assédio sexual, onde a vítima é uma menina de 12 anos.  

“Não se pode aceitar que violações a direitos fundamentais ocorram no âmbito de um Poder que prima pela garantia desses mesmos direitos” afirmou o ministro, ressaltando ainda que o desembargador extrapolou limites e teria cometido infrações funcionais.  

Em nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, o desembargador pediu desculpas a todos que se sentiram ofendidos, especialmente as mulheres, ressaltando que jamais teve a intensão de menosprezar ou vulgarizar o comportamento feminino. Além do afastamento, a Ordem dos Advogados do Brasil afirmou que irá realizar condutas disciplinares contra Espíndola, além da remoção dele da 12ª Câmara Cível do TJ.  

O afastamento se dá na eminência do julgamento, pelo Plenário do CNJ, de um procedimento em que o desembargador também já foi enquadrado, em 2013, na Lei Maria da Penha por agredir a irmã e a mãe, na época com 81 anos. No entanto, só em 2023 ele foi sentenciado pelo crime no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Espíndola deveria cumprir 4 meses e 20 dias de prisão em regime aberto, no entanto sua sentença está suspensa por 2 anos.

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Rafa Neddermeyer/Agência Brasil