O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), do Brasil, fechou um acordo de cooperação científica, até 2038, com o SLAC National Accelerator Laboratory, associado da Universidade Stanford. Com isso, o Brasil integrará uma equipe composta por 43 grupos de pesquisa, de 28 países, que irão mapear o céu do hemisfério sul, durante dez anos, utilizando o supertelescópio Legacy Survey of Space and Time (LSST).
A empreitada internacional conta com um investimento de mais de US 1 bilhão e deve começar a fase de testes já na semana que vem, com previsão de começar a produzir no início de setembro as primeiras imagens feitas pelo telescópio. Farão parte do projeto 170 pesquisadores brasileiros, sendo que alguns desses cientistas são estudantes de 26 instituições brasileiras.
O supertelescópio tem um diâmetro de 8,4 metros, com uma câmera de 3,2 bilhões de pixels, com ultra definição. A expectativa é que, nestes dez anos de pesquisa, o espaço do hemisfério sul seja vasculhado e sejam descobertos novos asteroides, estrelas, entre outros corpos celestes. “Os jovens pesquisadores terão acesso privilegiado aos dados e poderão fazer ciência de qualidade” disse Luiz Nicolaci da Costa, astrofísico e diretor da LineA.
O Brasil será responsável por gerir um grande centro de dados de armazenamento e processamento de informações geradas pelo LSST. Esse banco de dados foi desenvolvido por uma equipe de tecnologia da informação brasileira e possui características únicas em estilo Big Data.
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