Bahia amplia oferta de barita com nova parceria entre CBPM e mineradora

Uma nova etapa no desenvolvimento mineral da Bahia foi iniciada com a entrega de licenças ambientais pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) à mineradora Santo Antônio Minerais. A autorização permitirá a instalação de uma mina de barita em Contendas do Sincorá, consolidando a parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). A medida busca atender à crescente demanda pelo mineral, essencial na perfuração de poços de petróleo.

A CBPM, principal indutora de pesquisa mineral no estado, desempenhou papel essencial no projeto ao realizar estudos geológicos e fornecer suporte técnico à mineradora.

“A CBPM fez toda a pesquisa da área, e quando participamos do leilão, recebemos todos os estudos realizados pela companhia. Sempre que precisamos de apoio para tratar com órgãos como o Inema e a ANM, fomos muito bem assistidos”, afirmou Tunas Dantas, sócio-proprietário da Santo Antônio Minerais.

Barita: potencial estratégico para o estado

A barita, utilizada principalmente em lamas de perfuração, é estratégica para a exploração de petróleo. A nova mina viabilizará a instalação da primeira planta de moagem do mineral na Bahia, agregando valor à produção local. “Essa barita será industrializada e moída aqui mesmo dentro do estado. Será a primeira planta de moagem localizada na Bahia”, explicou Dantas.

Com sede em Pojuca, a mineradora atende atualmente três empresas de perfuração de petróleo e espera expandir sua oferta. A produção local deve reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade do setor mineral baiano.

Apoio ao desenvolvimento mineral

Já o presidente da CBPM, Henrique Carballal, destacou o impacto econômico e social do projeto. “É uma parceria com uma empresa nova, formada por geólogos, engenheiros de minas, por jovens que acreditam no potencial do desenvolvimento da mineração na Bahia”, afirmou.

Carballal também ressaltou o apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no fortalecimento da mineração no estado. “A Bahia precisa gerar emprego, renda e atrair mais investimentos, inclusive nesses minerais estratégicos”, concluiu.