Avião de pequeno porte cai em Montenegro (RS) e vítimas são resgatadas com ferimentos leves

Um avião de pequeno porte caiu, neste último sábado (11), na cidade de Montenegro, no interior do Rio Grande do Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado, a aeronave transportava dois homens, de 49 e 54 anos, que foram socorridos com vida e encaminhados para atendimento médico. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos ocupantes.

O acidente aconteceu dois dias após outra aeronave de pequeno porte também ter caído, mas em Ubatuba (SP). No avião, estavam a empresária Mireylle Fries, de 41 anos, seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, de apenas 4 e 6 anos, além do piloto do avião que morreu no local.

Acidente acontece logo após decolagem de avião

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu logo após a decolagem da aeronave, que partiu do aeroclube de Montenegro, localizado a cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre. As equipes de resgate foram acionadas imediatamente, e os ocupantes do avião foram retirados do local com a ajuda do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou rapidamente.

Ambos estavam conscientes e, inicialmente, não apresentavam sinais graves de lesões. No entanto, foram levados a um hospital da região para exames adicionais.

Detalhes do acidente

De acordo com os bombeiros, o avião, do tipo planador, é utilizado para treinamentos. Durante a tentativa de ganhar altitude, a aeronave bateu a asa direita em um eucalipto e, em seguida, em uma rede de alta tensão, antes de atingir o solo.

O instrutor do voo foi identificado como Carlos Eduardo Müller, ex-prefeito de Montenegro, e o aluno como Alexandre Vantobel Panduin. Segundo relatos, o aluno saiu caminhando do local, enquanto o instrutor reclamou de dores na lombar. O Corpo de Bombeiros informou que o planador não possui motor e decola rebocado por outra aeronave, mantendo-se no ar com a ajuda das correntes de vento.

Brasil: 2024 registra maior número de acidentes aéreos da década

Dados divulgados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), apontam que 2024 foi o ano com o maior número de acidentes aéreos da última década. No Brasil, ocorreram 33 acidentes envolvendo aviões e helicópteros, resultando em 137 mortes. Ao longo dos últimos 10 anos, 650 pessoas faleceram em 277 acidentes no país.

Entre 2015 e 2024, a maioria dos acidentes aconteceu com voos particulares (158 acidentes) e agrícolas (66), representando 81% do total de incidentes aéreos. Apenas um acidente ocorreu em voo comercial: o da Voepass, em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas.

Tipo de operação em acidentes com vítima fatal no Brasil entre 2015 e 2024:

• Particular – 158
• Agrícola – 66
• Táxi aéreo – 17
• Experimental – nove
• Especializada – oito
• Policial – sete
• Instrução – sete
• Regular – um

De acordo com o Cenipa, a frota aérea nacional tem crescido nos últimos anos, com aproximadamente 11 mil aeronaves, das quais mais de 10 mil são de pequeno porte, privadas e agrícolas. Raul Marinho, diretor técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral, afirmou que os acidentes são mais frequentes em aviões mais simples.

Queda de avião em Ubatuba

Outro acidente aéreo ocorreu em Ubatuba, litoral paulista, na manhã de quinta-feira (9), quando um avião de pequeno porte explodiu após ultrapassar a pista do Aeroporto de Ubatuba e cair na Praia do Cruzeiro. No avião estavam a empresária Mireylle Fries, de 41 anos, seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, de 4 e 6 anos.

O boletim médico informou que o marido e as crianças estão em estado de saúde estável, enquanto a empresária continua em estado grave. O piloto do avião morreu no local. A Força Aérea Brasileira, a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público estão conduzindo as investigações sobre as causas do acidente.