A conquista da medalha de bronze no skate Park nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta quarta-feira, marcou o fim de um período de sacrifícios para Augusto Akio, que visava o pódio na capital francesa. Conhecido como Japinha, o skatista brasileiro compartilhou a emoção de sair da competição com o sentimento de dever cumprido.
“Eu cheguei por muito esforço. O tratamento de eletroacupuntura impediu que eu ficasse muito tempo afastado do esporte. Estou aqui por todos que me deram oportunidade para fazer o que mais amo na vida e o que faço melhor”, afirmou Japinha logo após a conquista em entrevista à TV Globo.
Augusto Akio explica relação com malabarismos
Carismático, ele tem uma marca pessoal em suas apresentações: fazer malabarismos. Japinha explicou a origem dessa peculiaridade e revelou que essa habilidade está ligada a um momento difícil de sua carreira esportiva.
“Tudo começou em uma fase complicada. Estava disputando uma campeonato fora do país e acabei contundindo os adutores da coxa Andava com dificuldade e mal sabia quando poderia voltar a andar de skate. A recuperação estava bem lenta e procurei me encontrar em alguma coisa. Foi quando me inspirei em um artista de rua”, comentou Japinha.
O que parecia uma brincadeira teve um “efeito terapêutico” para o atleta, que integrou os malabares em sua rotina. “Os malabares já viraram parte de mim. Se saio de casa sem, é como se saísse sem skate”, comentou.
Por fim, ele fez questão de agradecer às pessoas que o ajudaram a alcançar esse momento especial. “É agradecer a todos que, mesmo indiretamente, fizeram parte desta caminhada. Essa medalha também é para os organizadores de eventos que fizeram campeonatos de sate que eu participo desde criança. Eles me construíram como atleta”.
Akio obteve 91,85 como melhor nota em suas três tentativas na final do Park. Ele foi superado apenas pelo australiano Keegan Palmer, medalhista de ouro, com 93,11, e pelo americano Tom Schaar, com 92,23.
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