A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), exaltou nesta sexta-feira (1º), o início das ações que marcam o Novembro Salvador Capital Afro, que contará com um mês inteiro dedicado à celebração e à valorização da cultura afrodiaspórica da cidade. Ao Portal M!, a vice-prefeita ressaltou que a iniciativa mostra para o mundo “quem nós somos”, além de promover respeito à ancestralidade, bem como de apresentar a história do povo negro de Salvador para o mundo.

“A gente tem que, de fato, marcar essa posição, respeitar a ancestralidade e mostrar para o mundo, muito da nossa história, que se confunde com a história do Brasil. Aqui é importante, seja nesse espaço, aqui tem um arquivo público, onde estão os documentos oficiais, mas na verdade, a história não está escrita necessariamente nesses documentos. Então, quando você traz uma exposição como essa, você resgata muito dessa história e dá a possibilidade de as pessoas do mundo inteiro conhecerem e darem importância de fato ao nosso povo, que tanto lutou para que Salvador fosse o que ela é hoje”, disse durante a abertura da exposição ‘Ecos Malês’, na Casa das Histórias de Salvador (CHS).

Conforme a secretária, o Salvador Capital Afro mostra a importância que a gestão tem dado ao lugar de fala da população negra. De acordo com ela, a iniciativa não apesar apresenta mais sobre o povo negro, mas também dá a possibilidade da população ter acesso à uma condição de vida melhor. “Ter, de fato, uma saída dessa vulnerabilidade social. Então, quando você fala do AfroBiz, são rodadas de negócios, quando você traz pessoas do mundo inteiro para conhecer, é para fortalecer essa cultura, o nosso povo preto para ser de fato valorizado e representado quem nós somos. Essa é a nossa cidade, essa é a nossa história, o Salvador Capital Afro vem para ficar e vem para marcar essa nossa cultura”, defendeu.

Por fim, Ana Paula defendeu ainda a necessidade do envolvimento da sociedade na quebra de barreiras de preconceitos e de desafios ainda existentes na sociedade. Segundo ela, esse movimento é necessário para que Salvador possa se consolidar com uma cidade antirracista.

“A gente começa com um trabalho institucional com o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), conversando com os servidores, a gente vai ampliando isso para uma mudança e para a quebra de racismo estrutural, a partir, em especial, da oferta de políticas públicas para quem mais precisa, pela saúde, pela educação, pela habitação, pela mobilidade, mas sobretudo pela compreensão de quem nós somos. E por isso que o Salvador Capital Afro é tão importante como conceito, mas sobretudo como posicionamento de cidade”, ressaltou.

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