Presidente do PL e ex-assessor de Jair Bolsonaro prestam depoimento na PF sobre golpe de 8 de janeiro
Valdemar chegou à PF por volta das 14h e deixou o local por volta das 15h50, sem falar com a imprensa
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, coronel Marcelo Câmara, prestaram depoimentos na Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quinta-feira (12). A informação é da Agência Brasil.
Valdemar chegou à PF por volta das 14h e deixou o local por volta das 15h50, sem falar com a imprensa. Os depoimentos estão relacionados à investigação sobre o planejamento de um golpe de estado, que culminou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Os depoimentos têm como foco o envolvimento de Valdemar e Marcelo nas investigações sobre o golpe. A PF também apura a participação do juiz federal Sandro Nunes Vieira, que teria auxiliado ilegalmente na elaboração de um relatório encomendado pelo PL. O documento alegava vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, sem qualquer comprovação, e foi usado para tentar anular as eleições de 2022.
Investigação da PF sobre Sandro Nunes Vieira
A investigação aponta que o juiz federal Sandro Nunes Vieira teria atuado de forma clandestina ao assessoramento do PL na elaboração de um relatório sobre as urnas eletrônicas. Esse relatório foi utilizado para sustentar a narrativa de fraudes nas eleições de 2022, que resultaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações indicam que o juiz participou do planejamento ilegal ao dar apoio ao PL e disseminar informações falsas.
De acordo com as autoridades, o nome de Vieira surgiu a partir de dados extraídos do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O magistrado é acusado de agir ilegalmente, colaborando com o PL na criação de um documento que questionava a integridade das urnas eletrônicas, sem nenhuma base científica.
Papel de Valdemar e Marcelo
A PF identificou Valdemar Costa Neto como um dos principais responsáveis pela disseminação de teorias falsas sobre a integridade das urnas eletrônicas. Ele é acusado de apoiar e financiar ações que geraram desconfiança no sistema eleitoral. O PL, sob sua liderança, teria sido fundamental na propagação de informações sem fundamento que circulavam pelas redes sociais.
Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e coronel da reserva, também é investigado. Ele é acusado de ser um dos principais disseminadores das narrativas golpistas e de ter participado das articulações para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. O advogado de Câmara, Luiz Eduardo Kuntz, afirmou que o depoimento foi tranquilo e que o coronel é uma testemunha importante na investigação.
O advogado de Valdemar Costa Neto, Marcelo Bessa, preferiu não comentar sobre a estratégia de defesa. Por outro lado, o advogado de Marcelo Câmara afirmou que o coronel colaborou com as investigações e respondeu a todas as perguntas. “O coronel Câmara, na verdade, é uma testemunha importante dessa nova investigação”, afirmou Kuntz.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, também investigado no caso, é do mesmo partido de Valdemar. Segundo a Polícia Federal, há indícios suficientes para considerar a participação de Bolsonaro e seus auxiliares na trama golpista, o que gerou o indiciamento deles no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Impacto da investigação
O STF recebeu o relatório da PF, e o ministro Alexandre de Moraes será responsável por analisar o material. Caso a Procuradoria-Geral da República (PGR) considere que há elementos suficientes, poderá apresentar uma denúncia contra os envolvidos. Se a denúncia for aceita pelo STF, Bolsonaro e seus ex-auxiliares se tornarão réus no processo.
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