Crise política na Coreia do Sul: Yoon Suk Yeol enfrenta impeachment e polêmicas sobre a esposa
Protestos e uma votação crucial da destituição do presidente dominam o cenário no país asiático
A crise política que abalou a Coreia do Sul está se aprofundando. O presidente Yoon Suk Yeol, após declarar a lei marcial, enfrenta uma tentativa de impeachment, enquanto a esposa, Kim Keon-hee, está no centro de investigações que colocam sua presidência ainda mais em risco.
A situação política do país piorou com escândalos envolvendo a primeira-dama, o que gerou uma queda significativa na popularidade de Yoon, com sua aprovação despencando para 17%.
Lei marcial intensifica crise política na Coreia do Sul
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol está no epicentro de uma turbulência política após a tentativa de instaurar a lei marcial em resposta à crescente crise política. A Assembleia Nacional, neste sábado (7), não conseguiu realizar uma votação válida para o impeachment de Yoon, pois não houve a presença mínima necessária de parlamentares.
O processo de impeachment será reiniciado na próxima quarta-feira (11) e, para ser validado, precisa contar com a presença de dois terços dos 300 deputados sul-coreanos. Embora os partidos de oposição controlem 192 das cadeiras, ainda dependem do apoio de pelo menos oito parlamentares do Partido do Poder Popular (PPP), que governam com Yoon.
O presidente pediu desculpas publicamente por sua tentativa de impor a lei marcial, reconhecendo que a medida foi impulsiva e causou “ansiedade e inconveniência ao público”. A medida de emergência foi retirada antes do amanhecer de quarta-feira (4), mas gerou protestos massivos nas ruas.
O ato de declarar lei marcial, entretanto, foi apenas uma parte de um problema maior que envolve a própria família de Yoon, com sua esposa Kim Keon-hee sendo acusada de corrupção e manipulação política.
Kim Keon-hee no centro da crise política na Coreia do Sul
O papel de Kim Keon-hee, esposa de Yoon, como ‘calcanhar de Aquiles’ de seu governo tem se tornado cada vez mais evidente. Com uma agenda de luxo e vários escândalos envolvendo manipulação de ações e suborno, Kim se tornou um alvo constante de investigações, o que afeta diretamente a imagem do presidente.
A oposição considera Kim uma das principais responsáveis pela queda na popularidade do líder sul-coreano. Em um recente levantamento, a desaprovação de Yoon chegou a 17%. A maior parte dessa insatisfação se deve ao envolvimento da primeira-dama em escândalos financeiros e políticos.
Apesar dos vetos repetidos de Yoon às investigações sobre Kim, a Assembleia Nacional continua pressionando por uma investigação mais aprofundada, incluindo a possibilidade de um promotor especial.
A tentativa de proteger Kim da investigação foi uma das razões apontadas pelos parlamentares da oposição para justificar o impeachment de Yoon. Durante uma coletiva de imprensa, Yoon negou qualquer favorecimento à esposa, alegando que as acusações eram politicamente motivadas.
A resposta pública à crise e a mobilização social
O episódio da lei marcial provocou manifestações em grande escala nas ruas de Seul pedindo a destituição do presidente. Dezenas de milhares de pessoas se reuniram perto da Assembleia Nacional para protestar contra Yoon, empunhando faixas e cantando músicas com letras alteradas, exigindo sua saída do poder.
Os protestos também contaram com apoio de figuras públicas, que acusaram Yoon de tentar um autogolpe, especialmente após suas duras declarações contra o parlamento.
A resposta do governo foi uma tentativa de conter os protestos, mas a situação continua instável. Enquanto isso, Yoon parece cada vez mais isolado, com a aprovação de sua gestão em queda livre e a oposição ganhando força. A situação se torna ainda mais grave com as investigações sobre sua esposa, Kim Keon-hee, e o impacto que elas causam diretamente na presidência.
O futuro político de Yoon Suk Yeol
O futuro de Yoon Suk Yeol está cada vez mais incerto. Desde que assumiu o cargo em 2022, ele tem enfrentado dificuldades para implementar sua agenda no parlamento controlado pela oposição. Os escândalos envolvendo sua esposa e sua própria gestão só contribuíram para o desgaste político do presidente.
Para muitos, o impeachment de Yoon parece cada vez mais inevitável, com a maioria da população e da Assembleia Nacional cobrando uma resposta em relação à crise.
A situação continua a se desenrolar em uma Coreia do Sul profundamente dividida, com um impasse entre governo e oposição que pode levar a uma mudança radical no cenário político do país.
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