Em protesto, policiais civis da Bahia afirmam que não vão fiscalizar crimes eleitorais no domingo

Os policiais civis baianos anunciaram, nesta sexta-feira (4), que não irão fazer a fiscalização de crimes eleitorais durante as eleições municipais que ocorrem neste domingo (6). A decisão foi tomada após uma assembleia-geral extraordinária, em repúdio à contraproposta do governo estadual e recusa de analisar a reestruturação salarial para investigadores, escrivães, peritos, médicos legistas e delegados.  

De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados (Adpeb), Jorge Figueiredo, a Bahia possui o segundo pior salário da categoria e, mesmo assim, seguem desempenhando um papel “que é considerado exemplar”. Só neste ano, policiais civis já apreenderam 58 fuzis, superando o recorde anterior. 

“O Governo do Estado ainda não se manifestou sobre a proposta formal entregue com muita clareza e determinação. A valorização dos policiais civis não é apenas uma questão de justiça, mas uma necessidade urgente para garantir uma segurança pública de qualidade que toda a sociedade baiana merece”, afirmou Figueiredo. 

Assim, com a falta de uma resposta da gestão pública, a atuação dos policiais civis na Bahia se limitará ao que está previsto na legislação, fazendo com que eles cumpram suas responsabilidades na segurança, mas ficando apenas dentro dos limites legais. 

“Deliberamos ações para sensibilizar o Governo e chamar a atenção da sociedade para as nossas demandas. A nossa parte de combater a violência estamos cumprindo. Por isso, as cidades de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Barreiras, Porto Seguro, e Ilhéus, que possuem a presença da Polícia Federal, a Polícia Civil não irá atuar durante as eleições”, declarou Eustácio Lopes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc).

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