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Chegada da primavera revitaliza o setor de flores na Bahia

Segundo o Ibraflor, a atividade movimenta, anualmente, mais de R$ 300 milhões no estado

A estação da primavera chegou ao hemisfério sul neste domingo (22) e trouxe com ela a temporada de produção de flores na Bahia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Flores (Ibraflor), a atividade movimenta, anualmente, mais de R$ 300 milhões e gera sustento para cerca de 12 mil pessoas no estado.

Apesar da Bahia ocupar a oitava posição no ranking nacional, com apenas 2% da produção de flores, a safra baiana se destaca pela beleza e diversidade de espécies. Entre as flores cultivadas no estado estão orquídeas, rosas, crisântemos e gérberas, além de folhagens e flores tropicais como helicônias, alpineas e antúrios.

Segundo o Ibraflor, a maior parte da produção é realizada através da agricultura familiar, mas também existem grandes fazendas. Um exemplo é Camaçari, que abriga o maior orquidário do estado, com uma produção anual de 80.000 unidades em estufas, com flores de cores e formatos variados.

Cerca de 80% da produção estadual vem da cidade de Maracás, no sudoeste da Bahia, característica que a fez ganhar o título de “cidade das flores”. O último Censo do IBGE aponta que, em uma única propriedade, são produzidas 18 mil dúzias de rosas por mês. O município tem pouco mais de 20 mil habitantes.

A Secretaria de Agricultura de Maracás informa que cerca de 400 pessoas estão envolvidas na atividade, seja através de associações ou individualmente. A cidade fornece flores e plantas ornamentais para cerca de 30 localidades na Bahia, além de atender outros estados em menor escala.

Recentemente, o mercado se expandiu para diversas regiões do estado, como os litorais norte e sul e a Chapada Diamantina. A diversidade de clima e do solo na Bahia, que varia do semiárido ao úmido, favorece o cultivo de espécies nativas e exóticas.

O escoamento da produção é realizado principalmente em Salvador, além de cidades como Feira de Santana e Itabuna, onde as flores são distribuídas para outras localidades do estado.

Produção após a pandemia

Desde 2022, o mercado de flores tem se recuperado dos impactos da pandemia, que resultou na perda de 80% da produção nacional, conforme dados do Ibraflor. Muitas flores foram descartadas, transformadas em adubo. Na Bahia, Maracás enfrentou perdas de até 90%, com 30 mil dúzias de flores jogadas fora em um único sítio.

Para superar esses desafios, os produtores locais investiram em clubes de assinatura de flores e vendas on-line. O setor começou reaquecer em 2021, impulsionado pela vontade das pessoas de embelezar seus lares durante o isolamento social. Essa tendência se manteve, resultando em um crescimento de 8% em 2023, com expectativas de mais 8% para 2024.

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FreePik/ Aopsan