Nelson Pretto diz que a educação remota não substitui importância da escola na formação dos alunos

A pandemia do novo coronavírus tem mudado a rotina de todo mundo e feito uma ameaça real ao ano letivo no país. De acordo com o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Nelson Pretto, apesar da ameaça, esse não é um momento de cumprir o calendário acadêmico. Pretto, que também é doutor em Comunicação, é a personalidade entrevistada no Podcast do Muita Informação.

Ao editor-chefe do portal M!, jornalista Osvaldo Lyra, o professor disse que a educação necessita de um movimento forte de acolhimento em tempos da crise do coronavírus. "O que nós precisamos hoje é de um movimento muito forte em torno da educação de acolhimento e pensar as dificuldades de cada aluno, família e professor. Promover debates para que a gente possa nesse momento repensar a educação", afirma. 

De acordo com Pretto, faz tempo que a educação deveria ser repensada e que ela não pode ficar reduzida a continuar como antes. "Porque aquilo mesmo já não estava dando conta aos desafios da pré-pandemia, quanto mais durante a pandemia e posterior a ela. Obviamente teremos que ter outras educações", disse.

Nesse período de quarentena, as crianças e jovens estão em casa e alguns pais até reclamam pela falta da educação escolar que cumpria parte da rotina dos alunos. De acordo com Pretto, a primeira coisa que deve ser constatada é que há diferença entre a educação que o aluno recebe em casa da que ele vai receber na escola.

"A primeira coisa é constatar que a educação dada pelos pais não é a mesma que os professores tem que dar. A de casa é mais geral, do ponto de vista das relações sociais".

Escute o a entrevista na íntegra no podcast abaixo: