Bruno Reis garante que não haverá aumento na tarifa do transporte público de Salvador

O prefeito lamentou a falta de subsídio do governo federal, e diz que não há condições de reajustar novamente a tarifa dos ônibus

Por Larissa Nunes e Vivaldo Marques
08/05/2024 às 13h26
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Foto: Secom PMS
Foto: Secom PMS

O prefeito Bruno Reis afirmou, na manhã desta quarta-feira (8), que não haverá reajuste do transporte público de Salvador em 2024, mesmo com o fim da desoneração da folha de pagamento, proposto pelo governo federal, que vai impactar no setor em todo o país, inclusive, na capital baiana, elevando os custos de operação.

Ao Portal M!, o diretor da Íntegra, Jorge Castro, informou, que a Prefeitura foi avisada diante da decisão do STF, sobre a necessidade de um aumento na tarifa em R$0,25. No entanto, durante a entrega de novas viaturas da Transalvador, no Farol da Barra, o prefeito fez críticas ao governo federal e descartou a hipótese de aumento da passagem de ônibus este ano.

"Não terá nenhum reajuste esse ano, não existe essa possibilidade. Infelizmente, o governo federal que não ajuda, que não paga o subsídio, que não concede benefícios e incentivos fiscais aos insumos do transporte público, agora vem com a reoneração da folha, que é o principal componente do transporte público, porque a mão de obra dos motoristas cobradores terão incidência do tributo. Isso impacta R$0,25 na tarifa", declarou o prefeito.

"É lamentável que serviços essenciais que estão colapsando, como o transporte público, não tenham a sensibilidade dos governantes para estabelecer as suas devidas exceções. Esperamos que ainda o Congresso, diante das negociações que vêm tentando, ou até mesmo a Justiça, possa rever em especial o caso do transporte público, que sem sombra de dúvidas, é o maior problema não só de Salvador, mas das médias e grandes cidades do Brasil", acrescentou.

O gestor municipal ressaltou, que das 11 empresas que integravam o sistema metropolitano, cinco estão danificadas, o que provocou a demissão de cerca de 1,5 mil trabalhadores.

"Muito provavelmente algumas (empresas) possam vir a falir por conta da desoneração da folha. Em qualquer cidade do Brasil, vocês vão ver o dilema, a aflição que os prefeitos vivem para manter o transporte público funcionando. Em Salvador, de cada passageiro transportado, a prefeitura já está pagando 0,32 centavos. Tem condições de pagar mais R$0,25? Não tem."

 

Confira entrevista completa: