Bruno Reis volta a rebater críticas sobre impactos das chuvas: "Estão rezando para ter desastres"
Em entrevista à imprensa, o gestor municipal disse que as chuvas causaram danos em várias partes do mundo, incluindo cidades do interior baiano
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Durante a entrega da requalificação do Largo do Campo Grande, realizada na manhã desta terça-feira (23), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), voltou a rebater as críticas relacionadas à sua gestão no enfrentamento aos impactos causados pelas fortes chuvas que atingem a capital baiana.
Desde o início de abril, Salvador vem registrando chuvas intensas ultrapassando a média histórica da cidade. Conforme a Defesa Civil de Salvador (Codesal), já foi contabilizado acumulado de 600 milímetros de chuva, quase três vezes mais do que o volume previsto para todo o período do mês.
Em entrevista à imprensa, o gestor municipal disse que as chuvas causaram danos em várias partes do mundo, incluindo cidades do interior baiano.
"Vocês devem ter visto imagens do que está acontecendo no mundo. Na Bahia, esse ano já morreram seis pessoas, São Paulo 21 pessoas foram a óbito este ano, Rio de Janeiro acho que mais sete pessoas. Tiveram problemas de alagamentos na Alemanha, Itália, China, Lisboa, e vocês estão vendo que os fenômenos da natureza estão vindo em uma intensidade cada vez maior, por conta da emissão dos gases do efeito estufa e aquecimento global. Efetivamente, quando a gente compara Salvador de hoje com a do passado, é outra cidade, e na área da proteção de encostas os números estão claros", declarou o prefeito.
Bruno Reis ressaltou que alguns bairros de Salvador, como São Cristóvão, que sofre drasticamente com os alagamentos, terá um projeto de melhoria que será avaliado pelo Governo do Estado. Segundo o prefeito, os transtornos na localidade acontecem devido a barragem do Rio Ipitanga, cuja responsabilidade é da Embasa.
"Ontem mesmo tive reunião à tarde para tratar sobre São Cristóvão, Cassange, as consequências dos alagamentos por conta da abertura das comportas da barragem do Rio Ipitanga, que não é responsabilidade nossa, é uma barragem estadual que cabe a gestão da Embasa. Temos um conjunto de soluções que eu vou desenvolver o projeto e vou levar para eles [governo] fazerem, mas se eles não fizerem, nós vamos fazer", disparou Bruno Reis.
"Vocês se acostumaram nesses últimos anos a ter um prefeito que não fica chorando, se lamentando, dizendo ah, meu Deus, a culpa não é minha, a culpa é de fulano... se acostumaram a ver o prefeito matar a bola no peito, e chamar a responsabilidade para enfrentar os problemas. Espero que os outros tenham pelo menos a capacidade, e ao invés de está torcendo contra, de estarem rezando para ter desastres, também assumam as suas responsabilidades, e pelo menos dividam a conta dos erros e dos acertos", finalizou.
Confira a entrevista completa:
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