SP, RJ, Fortaleza e Manaus podem ficar em situação crítica se relaxarem medidas de isolamento social

Conforme Ministério da Saúde, capitais devem manter medidas de segurança

Por Redação
12/04/2020 às 09h25
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Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

Quatro capitais do país não podem relaxar medidas de isolamento social, devido ao número de casos da Covid-19 e a capacidade de atendimento dos hospitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus.

A avaliação foi feita pelos secretários executivos do Ministério da Saúde, João Gabbardo, e de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, durante apresentação do Boletim Epidemiológico Diário, no último sábado (11).

Conforme dados da pasta, o estado de São Paulo concentra o maior número de casos (8.419) e de mortes (560). No Amazonas, há 1.050 casos e 53 mortes. No Ceará, são 1.582 infectados e 67 óbitos. No Rio de Janeiro, há 2.607 casos confirmados e 155 mortes.

Segundo Wanderson, é preciso manter o isolamento social para que não seja necessária medida mais drástica, como o bloqueio total (lockdown, em inglês). 

Ele destacou que o bloqueio total é "uma medida muito amarga que traz impactos econômicos bastante expressivos" e a expectativa é que isso não seja necessário no Brasil. "Para isso é fundamental que o distanciamento social não seja relaxado, especialmente em Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo", disse o gestor.

Já Gabbardo informou que Manaus está chegando quase à capacidade máxima de atendimento dos hospitais. "Se não tomarmos uma medida, o número de casos vai ultrapassar a nossa capacidade de atendimento. As pessoas poderão ficar desassistidas", afirmou. 

Por isso, ele informou que foi liberado recursos para a construção de um hospital de campanha para atender a população indígena e haverá aumento de 350 leitos no hospital de referência para a Covid-19 na cidade. Segundo Gabbardo, já foram enviados 20 respiradores e outros 20 ainda serão enviados. Outra medida será o reforço da equipe de médicos intensivistas.