Especialista alerta que falta de exercícios durante isolamento social aumenta risco de trombose
De acordo com Sérgio Possídio, tabagismo, obesidade e gravidez são fatores agravantes
- Compartilhe
Por conta do isolamento social imposto pelo novo coronavírus, muita gente deixou de fazer atividades físicas. Porém, o comportamento pode elevar o risco de trombose nas pessoas. Especialistas notaram um aumento de casos associados a formação também de coágulos, sendo frequente entre pacientes que evoluem para a forma mais grave do novo coronavírus.
De acordo com o cirurgião vascular e angiologista da Clínica Angioclam, Sérgio Possídio, a redução de atividades físicas contribui para o agravamento do quadro da doença. "É importante que as pessoas na medida do possível mantenham algum grau de atividade aeróbica no domicílio", recomenda o especialista.
Apesar das visitas ao angiologista e ao cirurgião vascular serem mais comuns a partir dos 50 anos, devido a uma maior incidência de sintomas relacionados a especialidade, hábitos alimentares e de qualidade de vida podem impactar diretamente na saúde vascular de jovens e adolescentes.
"Uma coisa que temos visto atualmente com a pandemia é o aumento de peso das pessoas, o que evidencia a trombose. O repouso prolongado e estático das pernas é um risco. Os sintomas mais comuns são dor, edema, vermelhidão e calor local", relata Possídio. O exame diagnóstico mais utilizado para detectar a trombose é o Ultrassom Doppler.
Tipos
Os dois tripos de trombose, são a do tipo venoso, o mais comum. Neste caso, o coágulo de sangue bloqueia uma veia. Estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano, sendo que ela também pode causar embolia pulmonar.
O outro é a trombose arterial, quando o coágulo de sangue bloqueia uma artéria. Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos podem ser consequências de tromboses arteriais. Esse tipo costuma ser mais grave do que a venosa.