"Há um rigor maior para evitar contaminação nos atendimentos domiciliares", diz gerente médica da Vitalmed

Diana Soares é a personalidade entrevistada no podcast do Muita Informação 

Por Jones Araújo
19/06/2020 às 12h54
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Foto: Divulgação
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O momento de isolamento social e a dificuldade das pessoas circularem, colocou em evidência a necessidade do atendimento médico em casa. No entanto, o medo de contrair o vírus acaba dificultando a procura pelos profissionais de saúde.

De acordo com a gerente médica da Vitalmed, Dra. Diana Soares, há outras comorbidades que passaram a ser negligenciadas por medo da infecção da Covid-19. "Há um rigor maior para evitar contaminação nos atendimentos domiciliares", diz Diana, que é a personalidade entrevistada no podcast do Muita Informação.

Ao editor-chefe do M!, o jornalista Osvaldo Lyra, a gerente informou que desde o início da pandemia os chamados por outras patologias diminuíram e mesmo aquelas pessoas que, às vezes, ligam querendo só uma orientação, os médicos da Vitalmed acabam convertendo o contato em um atendimento.

"É difícil convencer o paciente que ele precisa daquele atendimento. São pacientes hipertensos, diabéticos e às vezes, temos nos deparado com situação que quando nos acionam, esses pacientes já estão em uma situação de risco maior e muitas das vezes temos que fazer um atendimento de emergência, ou às vezes, infelizmente, já nos acionam com os pacientes em óbito no domicilio. É algo que tem chamado a atenção", afirma.

De acordo com a especialista,  não há necessidade do paciente ter medo de receber os médicos em casa, pois além da mudança de protocolo de proteção adotada pela Vitalmed, todos os profissionais de saúde estão precavidos para evitar a contaminação cruzada de uma residência para outra.

"As nossas equipes se paramentam a cada atendimento, para que não haja a contaminação cruzada de um domicilio para o outro. Os médicos irão estar equipados não só para a proteção da equipe, como a do cliente. Então a equipe, após cada atendimento, troca todo o EPI [Equipamento de Proteção Individual], para que não seja uma fonte de contaminação para o cliente", disse.

Segundo ela, uma das mudanças adotadas no protocolo de atendimento foi o treinamento dos profissionais para que revejam, a cada instante, o melhor equipamento de proteção a ser utilizado no atendimento.

"A orientação ao nosso associado também mudou. Tínhamos que convencer o cliente que ele precisava ficar em casa e mesmo no nosso atendimento que era domiciliar teria que ter uma indicação mais precisa. Não era simplesmente por quaisquer sintomas que iriamos em casa, tivemos que fazer um trabalho de reeducar o nosso cliente nessa mudança de protocolo".

Escute o podcast na íntegra abaixo: